quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vivendo Melhor.

Vivendo melhor.

Texto de Luiz Domingues.

Em recente relatório divulgado, o IBGE mostrou dados animadores sobre o aumento da expectativa de vida para o povo brasileiro.

Decorrente da recente fase de prosperidade que o Brasil alcançou, mas que também coincide com dados internacionais mais fechados no âmbito da medicina.

Segundo o bioquímico britânico Nick Lane, pesquisas estão avançadas no sentido de criar uma medicação que iniba a demência, cardiopatia e diversas manifestações cancerígenas, de uma só vez, evitando assim o envelhecimento humano. Lane afirma que dessa forma a pesquisa anda bem mais rápidamente, além dos recursos para subsidiar os cientistas, que são minimizados.

Tais pesquisas são baseadas no conceito bioquímico da gerontogene, onde os cientistas apostam suas fichas, com contundência. Numa única mutação desse gene, seria possível quase dobrar a expectativa de vida de um ser humano, com excelente qualidade. Segundo Lane, daqui há vinte anos, poderemos com tal metodologia, esticarmos a vida com 120 a 130 anos de idade em média, minimizando o envelhecimento em níveis que hoje seriam considerados apenas como fantasia de filmes e seriados de Sci-Fi.

Por enquanto, devemos comemorar nossos dados domésticos, pois se uma pessoa nascida em 1960, meu caso por exemplo, tinha naquele ano uma expectativa de vida de 65 anos/média, hoje está com 73.9 anos. É um aumento significativo, elevando o IDH do Brasil, que realmente precisa centrar esforços para usar com muito critério essa prosperidade financeira que o alavanca, principalmente quando o país se tornar um grande produtor petrolífero, realidade da qual se aproxima.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nova Terra ?

Nova Terra ?
 
A Nasa divulgou recentemente novidades alvissareiras no tocante às suas novas descobertas.

São novos planetas com forte indício de conter água entre seus componentes, além de novas estrelas com potencial igual ou maior que o nosso Sol, que foram descobertos e anunciados em pronunciamentos oficiais.

Foram descobertos mais de 500 planetas nessas condições nos últimos tempos e o que mais chamou a atenção dos cientistas, foi batizado como "Kepler 22-B". Ele tem o seu raio 2,4 vezes o tamanho da nossa Terra e está distante de nós, em 600 anos-luz.

Já a agência européia ESO (Observatório Austral Europeu), anunciou mais 55 planetas com esse potencial, sendo que um, batizado como HD85512B, tem 3,6 vezes o tamanho do nosso planeta Terra e temperatura média entre 30 e 50 graus centígrados (para quem gosta de um calorzinho...).

Óbviamente que se existe água, potencialmente pode-se esperar a existência de vida, nem que seja de forma unicelular.

Isso por si só, já denota um extraordinário avanço nas relações públicas entre os cientistas e o cidadão comum, haja vista a monolítica predisposição adotada até hoje pela ciência, de comum acordo com os governos e suas respectivas representações militares, de esconder a todo custo, toda a informação sobre essas descobertas, sob o desgastado conceito de que assim evitariam agitações sociais, pânico e outras consequências.

Isso não é novidade na história da humanidade. Basta recordarmos de um passado não muito distante, ou seja, o final da Idade Média, onde a Igreja conduzia o monopólio da informação com mão de ferro, através da famigerada "Santa Inquisição" e na blindagem de seu Index.

Entre outras ocorrências, custou para admitirem que o nosso planeta era redondo, que girava em torno do Sol e não o contrário etc.

A negação veemente de vida inteligente em outros planetas é outro paradigma que está no limiar de seus estertores. Isso, naturalmente, balançará paradigmas dogmáticos principalmente das grandes religiões monoteístas do planeta e portanto, existem grupos que resistem com todas as suas forças para que tais novidades não venham à tona.

Contudo, tal como uma represa hidrelétrica que está prestes a desmoronar corroída por vazamentos, está ficando insuportável conter essa pressão.

Saída mais razoável para quem raciocina obtusamente coadunado com velhas doutrinas é enxergar essa possibilidade, não como uma negação de suas convicções sobre uma entidade onipresente e criadora de tudo, mas muito pelo contrário, perceber que isso potencializa esse conceito.

Texto de Luiz Domingues.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Compre, Compre, Compre... Carros.

Compre, compre, compre...carros
 
Em qualquer turbulência econômica que esboce uma crise à vista, o governo corre para socorrer os bancos e a indústria automobilística à frente de qualquer outro setor da sociedade.

Se você for dono de uma escola, cinema ou de um mercado de bairro, é melhor que tenha suas reservas pessoais, pois não receberá ajuda para se levantar e salvar o seu empreendimento.

Dos bancos, é bem óbvio o comprometimento que políticos tem, basta pensar nas suas vultuosas campanhas eleitorais etc. Posso incluir um terceiro setor, o das grandes empreiteiras e sua assanha por obras públicas (Copa e Olímpiada à vista e tem muita obra "boa" para se pensar, não é mesmo ?).

Mas e a indústria automobilística ? A desculpa na ponta da lingua de todo governante, é a questão social que se desequilibraria. Se param de fabricar, quantos empregos diretos e indiretos podem ser comprometidos ?

Quantas centenas de milhares de famílias entrariam em apuros se não se fabricassem mais automóveis ?
Isso sem contar o setor de autopeças, a colossal indústria petrolífera, os gigantes dos pneumáticos etc etc.

Será que uma redução dessa loucura de produção em massa, realmente causaria esse desequilíbrio social sempre usado como desculpa ?

E a contrapartida dessa produção absurda ? Segundo dados que li na mídia recentemente (Fonte : O Estado de São Paulo), a expectativa da indústria é vender 3,7 milhões de carros até o final de 2011.

Ora, é sabido que o trânsito está completamente caótico nas grandes e médias cidades. Os índices de poluição cada vez piores, o aumento de violência em torno dos roubos aos automóveis são alarmantes, acidentes perpetrados pelos bêbados irresponsáveis cada vez mais acentuados etc etc.

Os preços deveriam ser muito menores, proporcionais ao incentivo consumista, mas pelo contrário, são extorsivos, a começar pela absurda carga tributária.

Para manter um carro, é preciso preparar o bolso para pagar em dia as taxas. Para se manter a documentação em dia, é preciso ter uma carteira recheada.

Fora o verdadeiro gargalo de restrições : Para estacionar é preciso pagar uma fortuna, pois as prefeituras transformaram as ruas em seu estacionamento particular, com zona azul e outros dispositivos. A cada esquina, um agente de trânsito trabalha o dia inteiro com um grosso talão de multas, que preenche com uma volúpia sem igual. E como a ação policial deixa a desejar na questão dos assaltos, não dá para ficar sem o caríssimo seguro, não é ?

O país vai se consolidando como potência petrolífera, mas nem se cogita um repasse à população, pois o preço dos combustíveis é dos mais caros do planeta, como se não houvesse uma só gota de petróleo saída de nosso território.

E mais um dado visível e triste nessa equação viciada : Investimentos em transporte público feitos a passos de tartaruga, desestimulam as pessoas a deixar de usarem seus carros particulares, não é ? A pessoa entra num ônibus ou vagão de metrô ultralotado, chega morta no seu local de trabalho e realmente raciocina que é melhor ficar presa no trânsito infernal, mas sentada no seu carrinho com ar condicionado e ouvindo musiquinha, a ficar espremida como uma sardinha e parada no mesmo trânsito engarrafado...

Resumo da ópera : Está do jeito que eles querem ! Compre um carro, compre um carro e compre um carro...

Texto de Luiz Domingues.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sete Bilhões de Bocas Famintas.

Sete bilhões de bocas famintas,

Por Luiz Domingues.

 
Recentemente a mídia alardeou o nascimento de um bebê que foi arrolado como o ser humano de número sete bilhões, no planeta.

É fato concreto que a aceleração no processo demográfico, iniciou-se principalmente a partir do incremento da revolução industrial, em meados do século XVIII.

O economista britânico Thomas Malthus, desenvolveu sua famosa teoria nessa época, dando conta do crescimento geométrico da população, não acompanhar o crescimento aritmético dos recursos materiais para supri-la , em termos de comida e água potável.

Isso é o básico, claro, mas numa análise mais realista e adaptada ao século XXI, sabemos que só a comida e a bebida não suprem as necessidades de sete bilhões de pessoas.

A questão do equilíbrio econômico é muito preocupante, haja vista as convulsões sociais que temos observado (aqui mesmo no Planet Polêmica, já foi abordado o fenômeno do "ocupe Wall Street").

A insatisfação pelo colapso do capitalismo está chegando no seu limite máximo de tolerância, mas a perspectiva em torno de sua eventual derrocada, é sombria, pois não se trata de derrotar Wall Street como se derrubou o comunismo simbólicamente através do muro de Berlim em 1989. Não é tão simples assim.

A grande questão é : Como alimentar e hidratar sete bilhões de pessoas ? Como cuidar para que hajam meios de subsistência, empregos, sustentabilidade para esse contingente absurdo ?

Isso sem contar no bojo de necessidades a serem supridas. Além da comida e da água potável, existem as questões da moradia digna, saneamento básico, serviços públicos eficientes, diminuição dos indices poluentes, reciclagem, coibição de desperdício, saúde pública, erradicação de doenças e epidemias, lazer para não enlouquecer essa gente toda, esportes para gastarem sadiamente a energia e claro, educação, arte & cultura asseguradas...

Como garantir isso para sete bilhões de pessoas, se nunca na história da humanidade isso foi possível de ser provido e com um contingente humano muito menor (em 1959, haviam três bilhões de seres humanos respirando neste planeta...) ?

Em tempos de tantas tomadas de consciência em torno da ecologia, reciclagem e processos de sustentabilidade (sem contar na luta contra a poluição), será que ninguém coloca na pauta do dia a questão do controle da fertilidade ?

Ou seria algo políticamente incorreto de se ventilar ?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ocupação dos Insatisfeitos.

A ocupação dos insatisfeitos.

Que as redes sociais da internet ganharam um papel mobilizador sem precedentes na história, não resta nenhuma dúvida.

Tal como uma epidemia incontrolável, insuflaram-se diversas nações árabes recentemente, promovendo a derrocada de alguns tiranos, trazendo ventos de liberdade inimagináveis para povos oprimidos por regimes ditatoriais fechados e invariavelmente amparados por fundamentalismo religioso.

Mas não parou por aí essa avalanche de manifestações. Questão mais recente é o fenômeno do "Occupy Wall Street".

Insatisfeitos pela demora em ver soluções para o fim da crise econômica, milhares de pessoas marcharam sobre o famoso quadrilátero novaiorquino, templo da especulação e onde a palavra "Greed" (Ganância) é pronunciada como uma verdade absoluta (Não é à toa que o personagem Gordon Gekko, interpretado por Michael Douglas usava esse bordão como um verdadeiro mantra : "Greed is Good", ganância é boa... no filme "Wall Street" de Oliver Stone).

E como epidemia, espalhou-se por diversas capitais mundiais, numa demostração clara de que na mesma medida em que o comunismo foi descartado pelo apêlo popular, agora é o capitalismo que esgota-se nos seus anseios, igualmente.

Recentemente li uma entrevista de um sociólogo no jornal Folha de São Paulo, alertando para uma bolha que está inflando-se rápidamente na China. É a bolha do consumismo desenfreado e motivado pela ascensão econômica daquele milenar país asiático. A preocupação é que estoure, pois segundo palavras dele, não há equilíbrio financeiro que segure as expectativas de mais de um bilhão de pessoas que querem viver como americanos e europeus, mas tem recursos naturais, muito menores, gerando um colapso que nem o dinheiro consertaria.

Como diria Leo Huberman em seu clássico : "História da riqueza do homem", a culpa é da cupidez de lucros...

Ironias à parte, é preciso ficarmos atentos aos próximos acontecimentos, pois da mesma forma que várias nações árabes se insuflaram e derrubaram ditadores até pouco tempo atrás considerados invencíveis, o movimento "Occupy Wall Street" parece ser bem mais sério, ao contrário do que certos orgãos de imprensa tentam nos fazer crer, acusando-lhe de ser meramente uma manifestação isolada de baderneiros.

A insatisfação com o sistema está no limite do tolerável e a ideia de que a "ganância é boa", parece estar ficando fora do esquadro do século XXI, tal como tantas outras ideias que ficaram para trás, registradas nos livros de história.

Texto de Luiz Domingues.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Espaço Limitado.

O Brasil poderia ter um programa espacial mais avançado, mas por incrível que pareça não o tem, por outra razão bem diferente do que nossas deduções óbvias nos levassem a crer.

Não é pelo fator financeiro, nem pela capacitação, instalações ou entraves burocráticos (pasmem !!).

A verdadeira barreira é a questão política...

Em recentes documentos revelados, ficou claro que uma forte pressão dos norte-americanos, com direito a um embargo tecnológico, tem evitado o crescimento do Brasil nesse setor desde o início dos anos noventa, preservando assim os interesses yankees.

Numa reportagem do Jornal Folha de São Paulo, vários desses documentos foram mostrados e ficou bem clara essa pressão de nossos amigos do continente norte-americano.

Numa farta profusão de telegramas (a Folha revelou 101, no seu site), mostra-se que esse embargo ocorreu desde 1987, tendo durado seguramente até 2009.

Sob a alegação de coibir a venda de materiais que pudessem ser usados na fabricação de mísseis, os Estados Unidos usaram de todo tipo de pressão para coibir o desenvolvimento brasileiro, assim como de vários outros países.

Não foi à toa, portanto, que o envio do primeiro astronauta brasileiro ao espaço tenha ocorrido só recentemente e como consequência, ter obtido resultados pífios na praticidade da ciência, chegando a ser motivo de chacota em alguns setores, que ironizaram o fato do astronauta ter feito experiências de 5ª série, com feijõezinhos no espaço...

Texto de Luiz Domingues.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Atire a Primeira Pedra.

Atire a primeira pedra


Numa guerra, não há mocinhos, nem bandidos como os filmes de Hollywood tanto disseminaram , por décadas.

Recentemente foi descortinada uma página triste da história americana, onde atrocidades cometidas por cientistas yankees, os igualaram às praticas nazistas em campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.

Documentos revelaram que entre 1946 e 1948, experimentos científicos patrocinados por uma agência de saúde subordinada ao Departamento de Saúde Norte-americano, infectou cerca de 1300 cidadãos guatamaltecos com doenças venéreas, para supostamente testar os efeitos da recém-lançada penicilina no combate às doenças sexualmente transmissíveis.

Entre outras praticas dignas de um Dr. Mengele, inocularam sífilis no globo ocular de prostitutas, estimulando-as a copular posteriormente com soldados do exército daquele país latino-americano, além de homens com deficiências físicas e mentais.

Orfãos também foram usados nos experimentos, onde o cientista responsável, um senhor chamado, Dr. John Charles Cutler, mantinha um laboratório nos moldes do usado pelo sinistro Dr. Moreau na ficção científica "A Ilha do Dr. Moreau" (Livro de H.G. Wells), que gerou três bons filmes, por sinal.

E o Dr. Cutler que antes desses documentos virem à baila, por décadas foi considerado um benfeitor da humanidade por suas descobertas no campo das DST, agora sabemos às custas de pessoas pobres de um país centro-americano, certamente tratadas como cidadãos de terceira classe.

E indo mais fundo, descobriram que antes, em 1943, já fizera vários experimentos em presidiários e adivinhem, pessoas negras e pobres de uma penitenciária da Indiana.

Mas Mengele e Cutler não estão sozinhos na disputa pela "medalha de ouro Dr. Moreau".

Cientistas coreanos nos anos 1930, obrigaram cobaias humanas a ingerirem repolhos envenenados e através de um vidro, monitoravam "científicamente', os vinte minutos em média que esses infelizes demoravam para morrer após violentas convulsões.

Um microbiologista japonês chamado Shiro Ishii, montou durante o período da Segunda Guerra Mundial , um laboratório ainda mais cruel que o do Dr. Cutler, num rincão asiático dominado pelo exército imperial nipônico.

Grigori Mairanovski, um cientista soviético, costumava fazer experimentos com cobaias humanas nos gulags, envenenando-os com gás C-2. Durava cerca de 15 minutos a agonia dessas pessoas, observada com afinco pelo nobre pesquisador. E o objetivo desse experimento era descobrir um meio do gás não deixar vestígios para legistas e assim contribuir com a eficácia do sigilo da espionagem na Guerra Fria.

E o que dizer dos experimentos da bomba atômica ? Pergunte aos pobres moradores do Atol de Bikini ou das Ilhas Marshall, com seus casos de abortos, nascimentos prematuros, câncer tireoidiano etc.

Entre 1971 e 1989, um cientista sul-africano torturou milhares de pessoas, alegando ter encontrado a "cura" para o homossexualismo masculino e feminino. Entre seus métodos, eletrochoques e castração química.

E o projeto MK-Ultra ? Muito antes dos Hippies dos anos sessenta elegerem o LSD como seu combustível sob as bençãos de Timothy Leary, a CIA fazia experimentos desde o final dos anos 1940, mas com outros propósitos menos lúdicos. O objetivo era controlar a mente de super espiões, violando as normas do código de Nuremberg (Quando se proibiu experimentos desse nível para efeitos militares ou de inteligência secreta ). E para testar tais métodos, doses cavalares de LSD eram injetadas nas cobaias e muita gente morreu de forma trágica. Recomendo assistir o excelente filme "The Manchurian Candidate", onde esse tema é tratado, com Frank Sinatra atuando como protagonista e muito bem por sinal.

Encerrando : Em nome da "ciência", não são apenas os pobres animais que já sofreram. E nenhuma nação está livre desse ônus, onde não existem mocinhos, só bandidos

Texto de Luiz Domingues.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Think Tanks : Usina de Ideias.

Think Tanks : Usina de ideias

 
Por trás da organização de um governo bem sucedido de país de primeiro mundo, existe algo além dos escalões governamentais.

Think tanks é uma expressão em inglês que numa tradução livre, pode ser entendida como : Usina de ideias.

Tratam-se na verdade, de organizações não governamentais formadas por técnicos, especialistas em gestão e intelectuais, que se propõe a alimentar o governo com...ideias.

Nos Estados Unidos, Japão, e entre as potências européias, a atuação dos think Tanks é fundamental como ajuda extra-oficial aos seus respectivos governos, alimentando-os de ideias, soluções, logística etc.

Tanto é assim, que não se concebe um país ingressar no seleto grupo do 1° mundo, sem ter o apoio maciço dos think tanks, geralmente formados dentro das suas maiores universidades e pela sua nata de cérebros privilegiados.

E no Brasil, hein ?
Agora que o país se arvora de emergente,querendo arbitrar contendas internacionais, sediando competições esportivas de mega-porte e candidatando-se a uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU, qual é a situação dos Think tanks locais ?

Infelizmente, o Brasil deixa muito a desejar nesse quesito, com poucas instituições aproveitadas e o pior, é que os nossos governantes tapuias parecem não lhes dar muito ouvido, seja por ignorância ou puro despeito.

De concreto, sabemos haver a atuação do Think Tank da PUC de São Paulo, Instituto Teotônio Vilela (Ligado ao PSDB), Fundação Perseu Abramo (Ligada ao PT), Fundação Liberdade e Cidadania (Ligada ao Dem), Fundação Lauro Campos (Ligada ao PSL) , Cebds (Conselho empresarial brasileiro para o desenvolvimento sustentável), Ceiri (Centro de estratégia, inteligência e relações internacionais), IPG (Instituto de política global), Ibre (Instituto brasileiro de economia), Institututo Liberdade, Vide (Vigilância democrática), Instituto com. unidade wiki , Idesam (Instituto desenvolvimento sustentável do Amazonas), além dos renomados grupos da USP, Unicamp, UFRJ, PUC do Rio Grande do Sul e Fundação Getúlio Vargas, além é claro, da ESG (Escola Superior de Guerra), ligada às Forças Armadas e que alimenta o Ministério da defesa, com inteligência militar.

Não é por falta de cérebros e organizações sérias que a atuação dos Think tanks no Brasil é sub-aproveitada. O que falta na verdade, é sensibilidade das autoridades que gerenciam o país, para absorver esse apoio intelectual e fundamental para o desenvolvimento do país.

O Brasil está de fato arrancando econômicamente para um patamar de destaque no panorama global, mas ainda é governado toscamente, com gerenciamento de terceiro mundo, infelizmente.

Mais parecendo um rico novo e boçal, o Brasil precisa entender que só acumular riquezas não é suficiente para se tornar de fato , país de primeiro mundo.

Um choque de investimentos na educação se faz mister e o aproveitamento dos melhores cérebros para achar soluções é o caminho que precisa ser percorrido.

Basta deixar de lado a vaidade política e assumir não ser o "pai disso ou mãe daquilo" e deixar os Think Tanks trabalharem usando a sua especialidade : A massa encefálica privilegiada em prol do país e veremos enfim a prosperidade material construindo um Brasil de primeiro mundo, como sonhamos e merecemos ter.

Texto do blogueiro Luiz Antônio Domingues.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"A Voz do Brasil, A Vez de Acabar !"

"A Voz do Brasil, a vez de acabar !"

Criado em em 22 de julho de 1935, pelo sr. Armando Campos, esse programa radiofônico tinha o intuito de ser o porta-voz do governo Getúlio Vargas. Inicialmente chamado de "Programa Nacional", mudou de nome para "Hora do Brasil" a partir de 1938 e nesse mesmo ano, passou a ser obrigatório em todas as estações de rádio do território nacional. Ainda em 1938, convencionou-se seu horário às 19:00 h, horário da capital federal, Rio de Janeiro naquela época e Brasília a partir de 1960.

O objetivo era claro, desde o seu início, ou seja, enaltecer as realizações de Getúlio Vargas e ser seu espaço populista e demagógico de manifestação. Isso sem contar a parte supostamente cultural, onde quase todas as músicas executadas, enalteciam o "baixinho".

Sobreviveu ao fim da Era Vargas e prosseguiu nos momentos de calmaria relativa entre o seu suicídio e o golpe militar de 1964 quando daí, encontrou terreno fértil para se manter fiel ao seu compromisso de fazer um jornalismo chapa-branca . Desde 1962, havia ampliado o seu horário, com a segunda meia-hora se destinando a cobrir o poder legislativo.

A partir de 1971, por determinação do presidente Médici, mudou novamente de nome, passando a se chamar : "A Voz do Brasil".

No meio dos anos noventa, diversas emissoras entraram na justiça e amparados por liminares, ganharam o direito de transmitirem esse programa obrigatório, a partir do horário que desejassem. Com isso, tiveram enfim a liberdade de usarem o horário das 19:00 h, considerado nobre no meio radiofônico, para transmitirem seus programas de melhor audiência e dessa forma poderem explorar melhor suas possibilidades comerciais com patrocinadores.

Infelizmente, as liminares foram sendo caçadas e praticamente foi restabelecida a rotina obrigatória, causando enormes prejuízos às estações.

Feito esse preâmbulo histórico, cabem algumas considerações : A ideia de ter um programa radiofônico onde os três poderes possam se manifestar e mostrar seus trabalhos à população é boa. Transparência nas relações dos orgãos que regulam a sociedade é salutar e democrático, em tese.

O problema da Voz do Brasil é que já nasceu mal intencionada. Sob a desculpa nobre da prestação de contas ao povo, sempre se revelou ao contrário, um mero agente da propaganda de Getúlio. Essa ideia não era original, vide o trabalho massificante realizado pelo Ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Sr. Joseph Goebbels.

Com essa propaganda enaltecedora, disfarçada de jornalismo prestativo, Getúlio manipulou por anos a opinião pública. Essa cartilha continuou sendo seguida à risca, serviu muito à ditadura militar de 1964 e foi seguindo na pós-abertura.
O PT, que tanto combateu tais práticas quando era oposição, gostou do veículo...e não há meio desse tipo de uso ser interrompido ou no mínimo, modificado.

Outra questão a ser levantada, é o prejuízo que causa às emissoras. Alguém pode usar o argumento das concessões, mas alto lá : Independente disso, são empresas comerciais e não é nada justo, serem obrigadas a largar mão de um horário considerado nobre, onde deixam de faturar com a publicidade. Para quem não sabe, no meio radiofônico é considerado nobre o horário ente 17:00 e 20:00 h, justamente por ser o horário do rush onde milhões de motoristas tem no rádio, uma companhia ou um aliado com informações sobre as condições do trânsito.

E mais um ponto : Estamos chegando ao final de 2011 e com a tecnologia nas comunicações caminhando em progressão geométrica, faz algum sentido essa obrigatoriedade ? O cidadão realmente interessado em acompanhar o rítmo de trabalho do governo, parlamentos e judiciário, não tem outros meios de obter tal acompanhamento ? Não existem canais específicos na TV a cabo, para cada orgão ? Hoje em dia, pode-se acompanhar as sessões parlamentares das três instâncias, o andamento dos trabalhos no Supremo Tribunal Federal e as ações do executivo em tais veículos, 24 horas por dia.
A internet então, tem um enorme manancial de opções, nem preciso enumerar.

Encerrando, penso que a cidadania tem que ser respeitada a todo custo. É um direito do cidadão ter informações sobre o andamento das contas e ações realizadas pelo governo, mas essa opção não pode ter caráter de dever por parte das emissoras. Esse tipo de obrigatoriedade é uma prática arbitrária, retrógada e incompatível com o exercício pleno de uma democracia moderna, onde pretendemos chegar.


Texto de Luiz, grande colaborador desse blog.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Comunidade Igualdade Entre os Gêneros.

Criei a primeira comunidade Igualdade Entre os Sexos, me ajudem na divulgação !!!

Participem !!!

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=116768576

Abraços.

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Bullying, Ponto de Partida da Intolerância "

"Bullying, ponto de partida da intolerância "

Meu amigo Brian, o dono deste blog, Planet Polêmica, deu-me a ideia de abordar esse tema. Mas o que motivou-me foi a frase que usou: "Bullying é o cartão de visitas de como a sociedade funciona".

Frase forte e um convite à reflexão, sem dúvida. Pois então, desde que o mundo existe sabemos que as pessoas tendem a estabelecer padrões para tudo. E como se não bastassem os paradigmas, passaram a nutrir animosidade contra tudo e todos que fugissem aos padrões estabelecidos por tais normas de conduta.

Criou-se a intolerância, esse sentimento destrutivo onde simplesmente não se suporta conviver com quem não vive sob a mesma cartilha paradigmática da maioria.

E é na infância e adolescência onde em plena formação, as pessoas mais moldam tais sentimentos detestáveis. Perseguições aparentemente inocentes são perpetradas às crianças que destoam. Se está acima ou muito abaixo do peso ideal, alguma deficiência física, algum traço anatômico que desperte a atenção, o jeito que se veste, se é tímido...enfim, o repertório é imenso.

Nos últimos anos, contudo, estamos assistindo o aumento cada vez maior desse tipo de manisfestação e pior ainda, a sua intensificação. Cada vez mais, vemos casos sérios de agressões, perseguições, humilhações etc.
Os educadores se mostram perplexos e não conseguem controlar esse ímpeto de agressividade. O governo nem se manifesta, achando que isso não lhe compete. Qual a solução ?

O reflexo de toda essa situação fora de controle está na tensão em que o ambiente escolar se transformou e num efeito dominó, chegando às universidades na forma dos famigerados trotes e depois na vida social, profissional etc.

A truculência em torno da intolerância pode ter mesmo essa fonte sugerida pelo Brian. Então, a pergunta é: Se o Bullying fosse extirpado, teríamos um mundo mais solidário ?

Texto do Blogueiro Luiz Domingues.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Jornalismo Esportivo Militarizado.

Acompanho o futebol com interesse desde os meus oito anos de idade, lá no longínquo ano de 1968. E daí em diante, sempre notei que os locutores, comentaristas e repórteres, salvo honrosas excessões, tem comportamento bem reacionário em suas observações extra-esportivas.

Basta um jogador entrar em campo ostentando um comprimento de cabelo acima do suportável para os padrões deles, que comentários impertinentes permeiam toda a transmissão, cada vez que a bola passa pelos pés de tal jogador.

Muitas vezes, insistem em detalhes tôlos, como criticar jogadores que não colocam a bainha da camiseta para dentro do calção, ao que classificam como ato de "indisciplina", o mesmo em relação aos meiões abaixados. E convenhamos, acompanham os padrões extremamente conservadores da FIFA, que dirige o futebol mundial como se fosse uma escola de cadetes do século XIX.

Ainda falando em FIFA, o excesso de rigor à coibição de comemorações nos gols, regulamentando que os árbitros punam tais manifestações com o cartão amarelo é sem dúvida também, uma forma direitista e retrógada de inibir o que há de mais significativo num jogo de futebol, que é a marcação de um gol. Se não se pode comemorar esse feito, que é difícil de ser obtido (Ao contrário de outros esportes que tem pontos a todo instante), tira-se um bocado de sua emoção e razão de ser.

Outro ponto a ser discutido, é o excesso de ufanismo com o qual os jornalistas esportivos dedicam às competições de seleções nacionais. Aí, parecem se comportar mesmo como os velhos professores de Educação Moral e Cívica do ensino fundamental durante os anos da ditadura militar.
Tem um, cujo nome não citarei , mas todos conhecem, que distorce os fatos acintosamente. Basta o adversário fazer uma falta que ele se revolta, exigindo uma atitude enérgica do árbitro e falando abertamente que o adversário "usou de maldade" . Aí o jogador da seleção brasileira faz algo muito pior e ele minimiza, dizendo que o árbitro foi "rigoroso demais" e o adversário atingido exagerou no seu "teatro", para ludibriar a arbitragem. O Brasil faz um gol e ele quase tem um ataque epilético, o Brasil sofre um gol e ele desdenha, falando que foi um "gol bobo"...

E tem um outro, também conhecido, que nunca deixa de fazer um discurso de direita para encher de orgulho os saudosistas do AI-5. Toda vez que vai ser executado o hino nacional antes das partidas de campeonatos estaduais ou competições nacionais em estados onde existe a obrigatoriedade por lei ( São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, por exemplo) e percebe que o público ignora retumbantemente a audição, com flagrantes de torcidas uniformizadas batucando e cantando seus côros infames, jogadores se aquecendo ou mascando chicletes e torcedores comuns comendo pipoca e gargalhando na arquibancada.

Calma: Também acho uma total falta de respeito e educação, mas ao contrário da pregação do referido locutor, prefiro enxergar essa questão cívica, como algo a ser construído de uma forma natural, ensinada desde a escola fundamental, mas sem a visão militarizada.
Em várias nações altamente desenvolvidas, observamos que os povos amam, de forma espontânea as suas respectivas pátrias e não são forçados a isso, como em republiquetas das bananas onde geralmente isso ocorre.

Nesse caso, seria conveniente os senhores legisladores reverem tal lei, obrigando a execução do Hino nos estádios e ao invés disso pensar em dar instrumentos aos ministérios da educação, cultura e turismo, coligados, na missão de valorizar o país sob outros parâmetros que não os da mentalidade de direita.

O tempo do Brasil do "Ame-o ou deixe-o" foi superado. Está na hora do Brasil nos dar motivos concretos para que possamos nos orgulhar dele, sinceramente.



Mais um texto do blogueiro Luiz Antônio Domingues.

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Lixo Musical Deriva do Lixo Educacional"

Você liga o rádio e quase todas as estações estão tocando música de baixa qualidade. Na programação das TV's abertas, o fenômeno se repete e agora se espalha também pelos canais pagos, sob a justificativa de que uma nova classe C emergente surgiu e começou a acessar esse tipo de serviço (e que fique muito claro que eu sou a favor da inclusão social e ascensão das classes menos favorecidas à condições melhores sócio-econômicas, não é esse o ponto que critico).
Então, vai se acostumando com a ideia de que isso é tendência normal, já que a audiência é que dita a grade de tais veículos.

Agora, o que tem em comum os veículos de comunicação neste país ? Quase todas as emissoras estão nas mãos de políticos, ou seja, os mesmos que nada fazem, seja no legislativo ou executivo, para melhorar as condições da educação e cultura no Brasil.

Coincidência ?
O fato de termos um nivel educacional péssimo e baixíssimos investimentos na cultura, naturalmente gera uma consequência e dela se aproveitam, pois usando a ignorância como desculpa, difundem essa subcultura musical ad nauseam em suas estações, causando esse estrago conhecido e enchendo seus bolsos com essa venda de lixo.

Sendo assim, como esperar que esse panorama melhore ? Choramingar espaços para artistas injustiçados que a despeito de seu talento e qualidade nunca irão tocar nas rádios e que jamais aparecerão no "Faustão", é perda de tempo.
Por que abririam espaço para artistas que o povo "não quer ver" ? A desculpa mercadológica está na ponta da lingua...
E em se tratando de empresas comerciais que visam lucros, como podemos exigir que tirem de sua programação o lixo que exibem para colocar artistas de proposta "antipopular", que lhes diminuam a audiência e consequentemente os façam perder patrocinadores ?

O povo quer "pão e circo"...isso parece ser um preceito bem antigo que eles não ousam mudar, não é ?

Então, surge a ideia de criar fomentos para estimular a cultura e através de isenção de impostos , empresas podem patrocinar artistas de todos os ramos. Esse tipo de dispositivo é genial, desde que cumprisse sua função isento de falcatruas, mas não é o que observamos.

Em países como a Suécia, por exemplo, esse tipo de Lei funciona muito bem. Uma banda de Rock iniciante, por exemplo, pode usar desse incentivo para fazer um show bem produzido, com equipamento, estrutura e divulgação profissionais. Mas a diferença, é que isso é feito uma única vez e dali em diante, que aproveite bem a chance e alavanque sua carreira. Aqui, certas máfias do Planalto Central promovem tours o ano inteiro sempre com as mesmas bandas da quadrilha, por anos a fio e usando os recursos da Lei Rouanet...

Então meus amigos, a questão da baixíssima qualidade da música que é massacradamente difundida ao povo, é fruto de um diabólico esquema, onde todos saímos perdendo, até os engravatadinhos que lucram com esse lixo, pois acabam uma hora ou outra, pagando na própria pele com a violência urbana, vítimas de algum facínora que eles mesmo criaram, ao não lhe proporcionar educação de qualidade, acesso à cultura e oportunidade de ascensão sócio-econômica.

Como esperar que um dessassistido desses, possa gostar de ouvir Beethoven, Milton Nascimento, Cole Porter, Yes ou qualquer artista de diferentes vertentes que se propuseram a fazer arte de qualidade superior, se seu cérebro não se desenvolveu, graças à subnutrição, violência, miséria e analfabetismo ?
E dá-lhe "funk batidão", com o nível de letras e insinuações que ele consegue entender e se identificar.

Por isso, não critico artistas que fazem o pseudo-funk dos morros do Rio, axé music, duplas sertanejas, pagode , forró e o pop-rock empobrecido da atualidade, pois eles estão na deles e correm atrás de seu sonho de serem ricos e famosos na música.

Os grandes vilões desse estrato de baixo nível, são os que exploram a miséria educacional e cultural deste país e que invariavelmente, são os mesmos responsáveis pela educação e cultura oficial...

A bolacha vende mais porque é mais fresquinha ou está sempre fresquinha porque vende mais ? Esse bordão publicitário que fez muito sucesso décadas atrás, parece se encaixar nessa questão.


Texto do Blogueiro Luiz Antônio Domingues.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Mais cartilhas, Mais deslizes...".

Como se não bastasse a polêmica envolvendo a cartilha que o MEC aprovou, onde o ensino do português com erros gramaticais é tolerado sob alegações estapafúrdias, eis que o Ministério nos brinda com mais aberrações.

Ganhou manchetes nos últimos dias a cartilha que o MEC havia aprovado e a presidente Dilma vetou no último estertor, onde se fazia apologia ao homossexualismo e seria destinada às crianças e adolescentes do ensino fundamental.

Que a homofobia deve ser extirpada, não resta dúvida. Nenhum cidadão deve ser discriminado pela sua opção sexual. Pessoas sendo violentamente atacadas e humilhadas pelas ruas, por conta de suas opções sexuais, não tem cabimento, na mesma medida de outros tipos de discriminações, tais como raça, classe social, ideologia política , religião e por que não (?), time de futebol. E é bom salientar também que a "heterofobia" deve ser combatida na mesma medida.
Vamos partir do princípio de que numa sociedade democrática e plural, todo cidadão tem que ter sua integridade física e psicológica preservada. Isso é ponto pacífico.

Agora, daí a lançar uma cartilha oficial, estimulando o homossexualismo como uma bandeira, tem uma grande diferença. E esse foi o erro do MEC ao dar carta branca para que uma ONG de militantes gays produzissem o material, comprometido com essa visão de "causa" que eles tem sobre a homossexualidade.

A pressão exercida por grupos religiosos, notadamente a Igreja Católica e as diversas denominações evangélicas, foi determinante para fazer a presidente Dilma recuar.
Mesmo não compactuando com essa posição dogmática das religiões e seus padrões moralistas medievais, no caso dos católicos e da antiguidade judaica , para os evangélicos , eu me posiciono contra a cartilha por ter esse caráter de apologia e nesse caso, a cartilha não cumpre o seu dever de combater o preconceito, mas faz propaganda de algo que não deve ser institucionalizado como padrão, mas ser meramente optativo e de forum íntimo.


Contudo, o MEC está se esmerando em produzir barbaridades pedagógicas e não parou por aí. Mais uma cartilha absurda foi aprovada e distribuida, desta feita em escolas rurais e certamente por isso, não despertou tanto a atenção da mídia e da opinião pública.
A cartilha em questão se chama: "Coleção escola ativa". Trata-se de uma cartilha de matemática, onde curiosos resultados de operações básicas são registrados como corretos, de forma incompreensível para nós pobres mortais cartesianos...

Quando simples operações de subtração apresentam esses resultados : 10 -7 = 4 ou 16 - 8 = 6, alguém pode explicar o sentido desse tipo de pedagogia ?

Por favor não me venham criticos modernos com aquelas explicações "indies" sobre desconstrução, neo-isso, pós-aquilo, niilismo, fim da lógica e outras baboseiras supostamente avant-garde, pois diante de fatos, não há argumentos e nesse caso, subverter a lógica da aritmética parece mais uma imbecilidade a serviço do retrocesso educacional neste país.

Mais uma contribuição do blogueiro Luiz Antônio Domingues.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Cartilha que Não ofende, Tampouco ensina"

Últimamente o MEC, nosso glorioso Ministério da Educação e Cultura, tem mais parecido um velho programa humorístico que fez grande sucesso no rádio e na TV: "Balança mas não cai".
Enquanto a turbulência em tôrno do cai-não-cai da ministra Ana de Hollanda ocupava as manchetes dos jornais, outra polêmica estava armada pelo ministério...

Com as bençãos do MEC, uma nova cartilha foi aprovada para o ensino fundamental, chamada : "Por uma vida melhor", escrita pela professora Heloisa Cerri Ramos com outros colaboradores.
Nessa referida cartilha, uma curiosa "nova visão" da pedagogia está sendo proposta, onde a tolerância com erros gramaticais e ortográficos é justificada com estapúrdias desculpas de cunho social.

Segundo Heloisa e seus colaboradores, ensinar português às novas gerações passa pela adequação social, ou seja, a lingua deve deixar de ser ensinada de forma "erudita" às pessoas das camadas sociais mais baixas, para que não se cometa mais o ato do "preconceito linguístico".

Pasmem ! O políticamente correto chegou finalmente ao ensino público, com sua ideia de nivelamento por baixo, sob a ridícula desculpa de preservar a dignidade de quem não se expressa corretamente.

Ora, é muito cômodo para o governo adotar essa postura pseudo-moderna, camuflando assim a sua real intenção de não fazer esforço algum para subir o nível da já sofrida educação fundamental brasileira, responsável pelo atraso e pela ignorância.

Sob o manto de uma nova"intelligentzia", eximem-se de sua responsabilidade e condenam gerações à uma educação deformada e abominável.

Ensinar as crianças a ler e escrever cometendo tais erros crassos interessa a quem ?

Exemplos na cartilha mostram tais práticas: "Os livro"; "Nós pega o peixe"; "Os menino pega o peixe"...

E o "políticamente correto" fez escola e agora está na escola...
É uma curiosa forma de jogar a sujeira para debaixo do tapete e fingir qua a casa está limpa, não é ?

Ao invés de acabarmos com as favelas, vamos parar de chamá-las de "favelas", sob o risco de ofendermos seus moradores. E dá-lhe "comunidades"...
Com a ideia disseminada de que a comunidade é "digna", o governo e a sociedade respiram aliviados, como se o problema estivesse resolvido, pois as comunidades estão "aceitas", "respeitadas".

Parece ser o mesmo raciocínio usado nessa nova pedagogia adotada pelo MEC. As pessoas passarão a ler, escrever e falar mal depois de "diplomadas", mas tudo na conformidade do novo português coloquial e aceitável...

Qual será o próximo passo do MEC ?
Por analogia, vão deduzir que a nossa lingua do jeito que é formulada , ofenderia os neandertais...Sendo assim, que tal uma nova cartilha onde o "uga-uga" predominasse ? Pois assim evitaríamos esse terrível preconceito com nossos irmãos habitantes das cavernas...ou dizer "caverna" também ofende ? Que tal: "habitação pedregosa promovida pela natureza" ?
Aí sim...isso não ofende...


Texto da Autoria de Luiz Antônio Domingues.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Bem e o Mal.

"Certo dia um velho índio, senta-se a beira do fogo
e fica a observar... Seu jovem neto, um guerreiro,
senta-se ao seu lado...
O velho índio observando aquele jovem, diz:

“Dentro de cada ser humano existem 2 lobos que
lutam entre si constantemente.
Um representa o bem e o outro o mal”.

O jovem observando a fogueira diz:
“E nessa luta quem vence? O lobo do bem ou do mal?”.

O velho olha dentro dos olhos do neto e diz:
“Aquele que você alimenta!”"

Que possamos alimentar somente o que existe de bom em nós e à nossa volta!
Um fim de semana repleto de Paz, Luz e Alegrias para você! Fraterno abraço!


Colaboração da minha querida amiga Elizabeth.

terça-feira, 10 de maio de 2011

"DESCASO COM OS PARANGOLÉS"

Um dos mais duros golpes, senão o maior contra a arte brasileira, se deu em outubro de 2009 com o incêndio que praticamente dizimou o acervo do artista plástico, Hélio Oiticica.
Não entro no mérito se o espaço residencial onde as obras estavam guardadas, estava adequado ou não ( É evidente que não ), pelo simples fato desse improviso ser lógicamente a atitude desesperada da família de Oiticica para preservar como foi possível, a sua obra.
Tampouco se a família de Oiticica estava em litígio com orgãos ligados à Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.
A grande questão foi: Por que essas obras estavam amontoadas inadequadamente na residência do irmão de Oiticica e não alojadas de forma correta , com segurança e condições ambientais necessárias para a sua conservação ? Para que existe o MEC ?

A grosso modo, o absurdo dessa perda irreparável só pode ser atribuída ao histórico pouco caso que todos (Não só as autoridades, mas o povo, também ) nutrem pela memória da arte neste Brasil. É assim que este país almeja entrar para o primeiro mundo ? Não faz muito tempo, museus importantes de São Paulo, Rio e cidades históricas de Minas, sofreram roubos de forma infantil, desmascarando a total falta de segurança para abrigar acervos valiosos.
Agora, a obra de Oiticica vira cinzas...

Desse jeito, a medalha de ouro na modalidade "desleixo", está garantida na Olímpiada de 2016...


Texto da Autoria de Luiz Antonio Domingues.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cotas - Um Crime Contra os Negros.

No Congresso debatem-se os polêmicos projetos de leis raciais, que preveem cotas em universidades e até no mercado de trabalho e em concursos. São matérias que interessam a todos e dividem também os afro-brasileiros. Há os favoráveis, muitos bem organizados e bem financiados, e há os cidadãos comuns, não organizados - 62,3% são contrários às leis e cotas raciais, de acordo com pesquisa Cidan/IBPS de 20 de novembro.

Os argumentos contrários são de razões éticas e psicossociais, já que a aprovação dessas leis significa a imposição pelo Estado de uma identidade jurídica racial que hoje não temos, alterando substancialmente o status da cidadania de todos. A Constituição federal repudia a classificação racial e está conforme as convenções internacionais que, desde a 2.ª Guerra Mundial e desde a Declaração Contra o Racismo da Unesco, de 1950, têm reiterado o consenso de que a luta contra o racismo exige esforços estatais para a destruição da crença em raças. Isso pressupõe a necessária abstenção do Estado para não legitimar essa crença racial.

Desde então, nenhum país tem recorrido a leis raciais para conferir ou excluir direitos. Estamos trilhando a contramão da história. Sem pensar nas gerações futuras, leis e políticas públicas estão racializando o Brasil e violando os artigos 5.º e 19.º da Constituição, segregando direitos da cidadania. Não é disso que precisamos. Queremos que o Estado nos assegure o direito à igualdade de tratamento e de oportunidades, o que não equivale a privilégios raciais.

Outra objeção conceitual é que políticas de cotas raciais não são equivalentes a programas de ações afirmativas. As cotas compulsórias não têm acolhimento em razão dos males que produzem: aprofundam a crença racial, geram no meio social, a médio e a longo prazos, divisões, conflitos e ódios raciais, em que as vítimas são os afro-brasileiros. Os defensores de leis raciais ludibriam a boa-fé alegando que cota racial é ação afirmativa. Mas especialistas ensinam que "ação afirmativa" é a boa doutrina jurídica acolhida pelo Direito, destinada a coibir todos os tipos de discriminações atuais cotidianas, como racismo, sexismo, machismo, homofobia, etc. Portanto, nos moldes do que lecionava em 2001 o jurista Joaquim Barbosa, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), "somente os inimigos de ações afirmativas é que as denominam por cotas raciais". Era essa, também, a opinião da ministra do STF Carmem Lúcia e do professor Mangabeira Unger: as ações afirmativas não fazem reparações do passado, não fazem cotas estatais, mas atuam com eficácia para que as discriminações históricas não persistam no presente. Portanto, os afro-brasileiros precisam de políticas públicas de inclusão, indutoras e garantidoras da promoção da igualdade, e não das cotas de humilhação.

No caso da escassez de vagas nas universidades, não é razoável que, sem qualquer novo investimento público, sob alegação de falacioso direito racial, venha o Estado retirar vagas de brancos pobres para entregá-las a pretos também pobres, oriundos de mesma escola pública e mesmo ambiente social. Basta, portanto, a reserva de 50% das vagas por meio de critérios sociais e de origem na escola pública, suficientes para ampliar oportunidades e igualar a disputa entre os pobres. Com isso também se reduz o privilégio dos ricos.

A realidade inaceitável é que a apologia de raças pelo Estado produzirá efeitos colaterais conhecidos e prejudiciais aos afro-brasileiros, pois se trata da crença racial edificada para oprimir. Ao Estado cabe atuar para destruir a crença em raças, neutralizar as discriminações no presente e induzir a igualdade de oportunidades. Leis raciais não servem para redução das desigualdades entre brancos e pretos, pois atacam os efeitos, mas aprofundam as causas, alimentando a perniciosa autoestima racial, em prejuízo da autoestima humana. Isso é violência contra a dignidade humana, pois deduz-se, nesse conceito, pelo senso comum, que há uma perversa hierarquia implícita, na qual a "raça negra" seria a "raça" inferior.

Nos EUA, desde 1990, importantes intelectuais afro-americanos como Thomas Sowell, Cornell West, Kevin Gray e inclusive o atual presidente, Barack Obama, denunciam que a autoestima racial está dilacerando a juventude afro-americana, vítima do niilismo social. Dados oficiais revelam que 1 em cada 3 jovens de 16 a 24 anos está sob a custódia da Justiça. Quase 2 milhões estão nas prisões, o equivalente a mais de 4% dos afro-americanos. Eles são 12% da população, correspondem a 60% dos presos e a 70% dos casos de gravidez na adolescência. São estatísticas que revelam a tragédia social numa sociedade que cultua uma profunda crença racial. Atinge inclusive os filhos da classe média. Não é justo que o Parlamento condene nossas crianças com a mesma crença de que pertencem a uma "raça negra e inferior". Essas leis, segregando direitos, aumentam a autoestima racial, mas enfraquecem o caráter e deformam a personalidade, afirmava Martin Luther King em Carta da Prisão de Birmingham (1963).

Até o presente momento, não somos vítimas dessa autoestima racial. Se nossos jovens talentos tiverem oportunidades iguais, sem o estigma da inferioridade implícita nas cotas raciais impostas pelo Estado, saberão aproveitá-las. A identidade racial é, portanto, assunto que diz respeito aos afro-brasileiros, pois nos afetará, enfraquecendo a autoestima humana. O Parlamento atento a preceitos éticos não deve cometer esse crime de lesa-humanidade. Com sabedoria, nossas avós ensinaram: somos homens e mulheres "de cor". Elas deduziam que a cor de pretos e pardos é uma característica biológica natural, diferente do conceito de "raça negra" - uma construção social para oprimir, violar a dignidade dos humanos de cor e sonegar a inteira humanidade, conforme dizia o líder afro-americano Malcom X.

José Roberto F. Militão, advogado, membro da Comissão de Assuntos Antidiscriminatórios Conad-OAB/SP, foi secretário geral do Conselho da Comunidade Negra do governo do Estado de São Paulo (1987-1995)

Carta de um Bebê Abortado.

Carta de um bébé abortado!

"Olá mamã, tudo bem? Eu estou bem, graças a Deus. Fui concebido à alguns dias na tua barriguinha, mas não te posso explicar como me sinto feliz por saber que vais ser a minha mamã e por ver o amor com que tu e o papá me geraram.

Tudo parece indicar que serei a criança mais feliz do mundo Mamã! Há um mês que vivo dentro da tua barriga e já começo a ver o meu pequenino corpinho a formar-se, quer dizer não estou tão bonito como tu, mas dá-me uma oportunidade e vais ver como serei um lindo bebé Estou tão feliz! Mas há alguma coisa que me está a preocupar...ainda não sei o que é, mas espero descobrir em breve.

Mamã, ultimamente percebi que há algo se passa na tua cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem, não ficas desesperada, eu sei que isso vai passar. Mamã, já passaram dois meses e meio, estou super feliz com as minhas novas mãos e estou cheio de vontade de usá-las para brincar.

Mamã, conta-me. O que se passa? Porque choras tanto todas as noites? Porque discutes com o papá sempre que se encontram? Porque gritam tanto? Já não me querem? Prometo que vou fazer o possível para que me queiram.

Já passaram três meses mama, e sinto que estás sempre deprimida, não entendo o que te está a acontecer, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma nova visita para amanhã. Mas eu sinto-me bem. Sentes-te mal mamã?

Mamã já é dia, onde vamos? O que está a acontecer mamã? Porque choras tanto? não chores, não vai acontecer nada. Mamã não te deites, ainda são duas horas da tarde, não tenho sono, quero continuar a brincar com as minhas mãozinhas .

O que faz este tubinho na minha casinha? É um brinquedo novo? Porque é que ele está a engolir a minha casinha? Mamã!

Essa é a minha mãozinha...porque a arrancou? Não vê que me faz sofrer! Ajuda-me mamã, defende-me, ainda sou muito pequenino, não me consigo defender sozinho.

Estão a arrancar a minha perninha, manda-os parar mamã, eu prometo que me vou portar bem e que não te dou mais pontapés. Como é que me podem fazer isto? Ele vai ver quando eu for grande e forte...ai mamã já não consigo mais, ajuda-me mamã, ajuda-me...

Mamã já passaram 17 anos desde aquele dia e eu daqui do céu consigo ver a tua dor por teres tomado aquela decisão. Mas, por favor não chores, lembra-te que te amo muito e que vou estar aqui à tua espera com muitos abraços e beijos.

Com muito amor, do teu bebé "



O aborto é crime quer seja legal ou não é um assassinato . Tenhamos consciência de que estamos a colaborar com a despenalização de um crime ao dizer sim ao aborto. DIGAM NÃO AO ABORTO...nenhuma morte pode ser justificada pela inconsciência e irresponsabilidade dos pais...