terça-feira, 19 de julho de 2011

"Bullying, Ponto de Partida da Intolerância "

"Bullying, ponto de partida da intolerância "

Meu amigo Brian, o dono deste blog, Planet Polêmica, deu-me a ideia de abordar esse tema. Mas o que motivou-me foi a frase que usou: "Bullying é o cartão de visitas de como a sociedade funciona".

Frase forte e um convite à reflexão, sem dúvida. Pois então, desde que o mundo existe sabemos que as pessoas tendem a estabelecer padrões para tudo. E como se não bastassem os paradigmas, passaram a nutrir animosidade contra tudo e todos que fugissem aos padrões estabelecidos por tais normas de conduta.

Criou-se a intolerância, esse sentimento destrutivo onde simplesmente não se suporta conviver com quem não vive sob a mesma cartilha paradigmática da maioria.

E é na infância e adolescência onde em plena formação, as pessoas mais moldam tais sentimentos detestáveis. Perseguições aparentemente inocentes são perpetradas às crianças que destoam. Se está acima ou muito abaixo do peso ideal, alguma deficiência física, algum traço anatômico que desperte a atenção, o jeito que se veste, se é tímido...enfim, o repertório é imenso.

Nos últimos anos, contudo, estamos assistindo o aumento cada vez maior desse tipo de manisfestação e pior ainda, a sua intensificação. Cada vez mais, vemos casos sérios de agressões, perseguições, humilhações etc.
Os educadores se mostram perplexos e não conseguem controlar esse ímpeto de agressividade. O governo nem se manifesta, achando que isso não lhe compete. Qual a solução ?

O reflexo de toda essa situação fora de controle está na tensão em que o ambiente escolar se transformou e num efeito dominó, chegando às universidades na forma dos famigerados trotes e depois na vida social, profissional etc.

A truculência em torno da intolerância pode ter mesmo essa fonte sugerida pelo Brian. Então, a pergunta é: Se o Bullying fosse extirpado, teríamos um mundo mais solidário ?

Texto do Blogueiro Luiz Domingues.

8 comentários:

  1. Como assistente social atuante na área da Infância e Juventude e defensora incorrigível dos direitos dos cidadãos, não posso deixar de comentar esse texto.
    O bullying é uma prática centenária. E o pior resultado dessa covardia é explícita na fase de formação do sujeito, crianças e adolescentes. Mas, mais avassalador que a existência deste ato é a origem dele. Vem de cima para baixo, numa pirâmide invertida de conceitos. Começa dentro de casa (pais e tutores), com a autoridade máxima na escola (diretores e professores). Quem deveria formá-los, acaba por deformá-los. Mais que um combate entre os jovens, o bullying deve ser extirpado da mentalidade arraigada dos pseudo-maduros. Aí sim concordaria com o final do seu texto, cabeludo: TERÍAMOS UM MUNDO MAIS SOLIDÁRIO SIM!
    E para fechar, exemplos de quem superou o bullying: David Beckham, Kate Winslet, Michael Phelps, Madonna...e por aí vai...

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    1. Exatamente !

      O bullying é um problema crônico justamente por ser tratado de forma setorizada, quando na verdade, deveria ser combatido de forma macro.

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  2. É uma das formas de violência que mais cresce no mundo, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
    Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
    A pessoa que pratica bulliyng quer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
    Em sala de aula onde ocorre mais esta ação, incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito.
    Eliana Te

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    1. Isso aí ! Começa na mais tenra infância e é aí que deve ser combatido com fervor.

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  3. Primordialmente, é preciso destacar que, o comportamento individual do homem sempre haverá de sobre-sair mediante o bem-comum ou a ética de seu meio, pois isso se deve ao fato de que, infelizmente seu poder moral está acima de qualquer objeção alheia, tornando-o assim, fruto proibido de seus mais egocêntricos e perdidos erros.

    Em segundo plano, e não menos importante, nota-se que, desde pequeno, como já mencionado anteriormente, a criança torna por sua vez doutrinada a brindar-se como objeto do arcaicos costumes de seus antepassados, consagrando-se instrumento da mesquinha ignorância de seus influenciadores. Este, talvez seja a grande raiz de todo o mal, pois como já sabemos, são nos primeiros anos de vida, que a pessoa molda o seu precioso caráter.

    Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que, o individualismo possui o poder de controlar e persuadir o próximo, e que a falta de interesse do homem, aliado ao fraco patrocínio do governo, resultam diretamente na ação de faça o que eu falo, não faça o que eu faço.

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    1. Brilhante como sempre em suas observações, Altieris. De fato, tudo é influência adquirida de pai para filho e se o governo não intervem para mudar um paradigma educacional, a tendência é esse costume ir se perpetuando ad infinitum.

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  4. Uma covardia, pois geralmente os alvos são pessoas que não dispõem de recursos, status ou habilidades para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si.Certamente os autores são indivíduos que tem pouca empatia, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivos entre seus membros.Infelizmente na minha opinião os que praticam bullying se tornaram adultos com comportamentos anti-sociais e violentos,oferecendo grande perigo a sociedade.O bullying tem que ser extirpado com certeza.

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    1. Verdade, Claudia ! Como sempre as vítimas são intimidadas pela força bruta, seja física, seja moral ou psicológica.

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