quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Cartilha que Não ofende, Tampouco ensina"

Últimamente o MEC, nosso glorioso Ministério da Educação e Cultura, tem mais parecido um velho programa humorístico que fez grande sucesso no rádio e na TV: "Balança mas não cai".
Enquanto a turbulência em tôrno do cai-não-cai da ministra Ana de Hollanda ocupava as manchetes dos jornais, outra polêmica estava armada pelo ministério...

Com as bençãos do MEC, uma nova cartilha foi aprovada para o ensino fundamental, chamada : "Por uma vida melhor", escrita pela professora Heloisa Cerri Ramos com outros colaboradores.
Nessa referida cartilha, uma curiosa "nova visão" da pedagogia está sendo proposta, onde a tolerância com erros gramaticais e ortográficos é justificada com estapúrdias desculpas de cunho social.

Segundo Heloisa e seus colaboradores, ensinar português às novas gerações passa pela adequação social, ou seja, a lingua deve deixar de ser ensinada de forma "erudita" às pessoas das camadas sociais mais baixas, para que não se cometa mais o ato do "preconceito linguístico".

Pasmem ! O políticamente correto chegou finalmente ao ensino público, com sua ideia de nivelamento por baixo, sob a ridícula desculpa de preservar a dignidade de quem não se expressa corretamente.

Ora, é muito cômodo para o governo adotar essa postura pseudo-moderna, camuflando assim a sua real intenção de não fazer esforço algum para subir o nível da já sofrida educação fundamental brasileira, responsável pelo atraso e pela ignorância.

Sob o manto de uma nova"intelligentzia", eximem-se de sua responsabilidade e condenam gerações à uma educação deformada e abominável.

Ensinar as crianças a ler e escrever cometendo tais erros crassos interessa a quem ?

Exemplos na cartilha mostram tais práticas: "Os livro"; "Nós pega o peixe"; "Os menino pega o peixe"...

E o "políticamente correto" fez escola e agora está na escola...
É uma curiosa forma de jogar a sujeira para debaixo do tapete e fingir qua a casa está limpa, não é ?

Ao invés de acabarmos com as favelas, vamos parar de chamá-las de "favelas", sob o risco de ofendermos seus moradores. E dá-lhe "comunidades"...
Com a ideia disseminada de que a comunidade é "digna", o governo e a sociedade respiram aliviados, como se o problema estivesse resolvido, pois as comunidades estão "aceitas", "respeitadas".

Parece ser o mesmo raciocínio usado nessa nova pedagogia adotada pelo MEC. As pessoas passarão a ler, escrever e falar mal depois de "diplomadas", mas tudo na conformidade do novo português coloquial e aceitável...

Qual será o próximo passo do MEC ?
Por analogia, vão deduzir que a nossa lingua do jeito que é formulada , ofenderia os neandertais...Sendo assim, que tal uma nova cartilha onde o "uga-uga" predominasse ? Pois assim evitaríamos esse terrível preconceito com nossos irmãos habitantes das cavernas...ou dizer "caverna" também ofende ? Que tal: "habitação pedregosa promovida pela natureza" ?
Aí sim...isso não ofende...


Texto da Autoria de Luiz Antônio Domingues.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Bem e o Mal.

"Certo dia um velho índio, senta-se a beira do fogo
e fica a observar... Seu jovem neto, um guerreiro,
senta-se ao seu lado...
O velho índio observando aquele jovem, diz:

“Dentro de cada ser humano existem 2 lobos que
lutam entre si constantemente.
Um representa o bem e o outro o mal”.

O jovem observando a fogueira diz:
“E nessa luta quem vence? O lobo do bem ou do mal?”.

O velho olha dentro dos olhos do neto e diz:
“Aquele que você alimenta!”"

Que possamos alimentar somente o que existe de bom em nós e à nossa volta!
Um fim de semana repleto de Paz, Luz e Alegrias para você! Fraterno abraço!


Colaboração da minha querida amiga Elizabeth.

terça-feira, 10 de maio de 2011

"DESCASO COM OS PARANGOLÉS"

Um dos mais duros golpes, senão o maior contra a arte brasileira, se deu em outubro de 2009 com o incêndio que praticamente dizimou o acervo do artista plástico, Hélio Oiticica.
Não entro no mérito se o espaço residencial onde as obras estavam guardadas, estava adequado ou não ( É evidente que não ), pelo simples fato desse improviso ser lógicamente a atitude desesperada da família de Oiticica para preservar como foi possível, a sua obra.
Tampouco se a família de Oiticica estava em litígio com orgãos ligados à Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.
A grande questão foi: Por que essas obras estavam amontoadas inadequadamente na residência do irmão de Oiticica e não alojadas de forma correta , com segurança e condições ambientais necessárias para a sua conservação ? Para que existe o MEC ?

A grosso modo, o absurdo dessa perda irreparável só pode ser atribuída ao histórico pouco caso que todos (Não só as autoridades, mas o povo, também ) nutrem pela memória da arte neste Brasil. É assim que este país almeja entrar para o primeiro mundo ? Não faz muito tempo, museus importantes de São Paulo, Rio e cidades históricas de Minas, sofreram roubos de forma infantil, desmascarando a total falta de segurança para abrigar acervos valiosos.
Agora, a obra de Oiticica vira cinzas...

Desse jeito, a medalha de ouro na modalidade "desleixo", está garantida na Olímpiada de 2016...


Texto da Autoria de Luiz Antonio Domingues.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cotas - Um Crime Contra os Negros.

No Congresso debatem-se os polêmicos projetos de leis raciais, que preveem cotas em universidades e até no mercado de trabalho e em concursos. São matérias que interessam a todos e dividem também os afro-brasileiros. Há os favoráveis, muitos bem organizados e bem financiados, e há os cidadãos comuns, não organizados - 62,3% são contrários às leis e cotas raciais, de acordo com pesquisa Cidan/IBPS de 20 de novembro.

Os argumentos contrários são de razões éticas e psicossociais, já que a aprovação dessas leis significa a imposição pelo Estado de uma identidade jurídica racial que hoje não temos, alterando substancialmente o status da cidadania de todos. A Constituição federal repudia a classificação racial e está conforme as convenções internacionais que, desde a 2.ª Guerra Mundial e desde a Declaração Contra o Racismo da Unesco, de 1950, têm reiterado o consenso de que a luta contra o racismo exige esforços estatais para a destruição da crença em raças. Isso pressupõe a necessária abstenção do Estado para não legitimar essa crença racial.

Desde então, nenhum país tem recorrido a leis raciais para conferir ou excluir direitos. Estamos trilhando a contramão da história. Sem pensar nas gerações futuras, leis e políticas públicas estão racializando o Brasil e violando os artigos 5.º e 19.º da Constituição, segregando direitos da cidadania. Não é disso que precisamos. Queremos que o Estado nos assegure o direito à igualdade de tratamento e de oportunidades, o que não equivale a privilégios raciais.

Outra objeção conceitual é que políticas de cotas raciais não são equivalentes a programas de ações afirmativas. As cotas compulsórias não têm acolhimento em razão dos males que produzem: aprofundam a crença racial, geram no meio social, a médio e a longo prazos, divisões, conflitos e ódios raciais, em que as vítimas são os afro-brasileiros. Os defensores de leis raciais ludibriam a boa-fé alegando que cota racial é ação afirmativa. Mas especialistas ensinam que "ação afirmativa" é a boa doutrina jurídica acolhida pelo Direito, destinada a coibir todos os tipos de discriminações atuais cotidianas, como racismo, sexismo, machismo, homofobia, etc. Portanto, nos moldes do que lecionava em 2001 o jurista Joaquim Barbosa, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), "somente os inimigos de ações afirmativas é que as denominam por cotas raciais". Era essa, também, a opinião da ministra do STF Carmem Lúcia e do professor Mangabeira Unger: as ações afirmativas não fazem reparações do passado, não fazem cotas estatais, mas atuam com eficácia para que as discriminações históricas não persistam no presente. Portanto, os afro-brasileiros precisam de políticas públicas de inclusão, indutoras e garantidoras da promoção da igualdade, e não das cotas de humilhação.

No caso da escassez de vagas nas universidades, não é razoável que, sem qualquer novo investimento público, sob alegação de falacioso direito racial, venha o Estado retirar vagas de brancos pobres para entregá-las a pretos também pobres, oriundos de mesma escola pública e mesmo ambiente social. Basta, portanto, a reserva de 50% das vagas por meio de critérios sociais e de origem na escola pública, suficientes para ampliar oportunidades e igualar a disputa entre os pobres. Com isso também se reduz o privilégio dos ricos.

A realidade inaceitável é que a apologia de raças pelo Estado produzirá efeitos colaterais conhecidos e prejudiciais aos afro-brasileiros, pois se trata da crença racial edificada para oprimir. Ao Estado cabe atuar para destruir a crença em raças, neutralizar as discriminações no presente e induzir a igualdade de oportunidades. Leis raciais não servem para redução das desigualdades entre brancos e pretos, pois atacam os efeitos, mas aprofundam as causas, alimentando a perniciosa autoestima racial, em prejuízo da autoestima humana. Isso é violência contra a dignidade humana, pois deduz-se, nesse conceito, pelo senso comum, que há uma perversa hierarquia implícita, na qual a "raça negra" seria a "raça" inferior.

Nos EUA, desde 1990, importantes intelectuais afro-americanos como Thomas Sowell, Cornell West, Kevin Gray e inclusive o atual presidente, Barack Obama, denunciam que a autoestima racial está dilacerando a juventude afro-americana, vítima do niilismo social. Dados oficiais revelam que 1 em cada 3 jovens de 16 a 24 anos está sob a custódia da Justiça. Quase 2 milhões estão nas prisões, o equivalente a mais de 4% dos afro-americanos. Eles são 12% da população, correspondem a 60% dos presos e a 70% dos casos de gravidez na adolescência. São estatísticas que revelam a tragédia social numa sociedade que cultua uma profunda crença racial. Atinge inclusive os filhos da classe média. Não é justo que o Parlamento condene nossas crianças com a mesma crença de que pertencem a uma "raça negra e inferior". Essas leis, segregando direitos, aumentam a autoestima racial, mas enfraquecem o caráter e deformam a personalidade, afirmava Martin Luther King em Carta da Prisão de Birmingham (1963).

Até o presente momento, não somos vítimas dessa autoestima racial. Se nossos jovens talentos tiverem oportunidades iguais, sem o estigma da inferioridade implícita nas cotas raciais impostas pelo Estado, saberão aproveitá-las. A identidade racial é, portanto, assunto que diz respeito aos afro-brasileiros, pois nos afetará, enfraquecendo a autoestima humana. O Parlamento atento a preceitos éticos não deve cometer esse crime de lesa-humanidade. Com sabedoria, nossas avós ensinaram: somos homens e mulheres "de cor". Elas deduziam que a cor de pretos e pardos é uma característica biológica natural, diferente do conceito de "raça negra" - uma construção social para oprimir, violar a dignidade dos humanos de cor e sonegar a inteira humanidade, conforme dizia o líder afro-americano Malcom X.

José Roberto F. Militão, advogado, membro da Comissão de Assuntos Antidiscriminatórios Conad-OAB/SP, foi secretário geral do Conselho da Comunidade Negra do governo do Estado de São Paulo (1987-1995)

Carta de um Bebê Abortado.

Carta de um bébé abortado!

"Olá mamã, tudo bem? Eu estou bem, graças a Deus. Fui concebido à alguns dias na tua barriguinha, mas não te posso explicar como me sinto feliz por saber que vais ser a minha mamã e por ver o amor com que tu e o papá me geraram.

Tudo parece indicar que serei a criança mais feliz do mundo Mamã! Há um mês que vivo dentro da tua barriga e já começo a ver o meu pequenino corpinho a formar-se, quer dizer não estou tão bonito como tu, mas dá-me uma oportunidade e vais ver como serei um lindo bebé Estou tão feliz! Mas há alguma coisa que me está a preocupar...ainda não sei o que é, mas espero descobrir em breve.

Mamã, ultimamente percebi que há algo se passa na tua cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem, não ficas desesperada, eu sei que isso vai passar. Mamã, já passaram dois meses e meio, estou super feliz com as minhas novas mãos e estou cheio de vontade de usá-las para brincar.

Mamã, conta-me. O que se passa? Porque choras tanto todas as noites? Porque discutes com o papá sempre que se encontram? Porque gritam tanto? Já não me querem? Prometo que vou fazer o possível para que me queiram.

Já passaram três meses mama, e sinto que estás sempre deprimida, não entendo o que te está a acontecer, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma nova visita para amanhã. Mas eu sinto-me bem. Sentes-te mal mamã?

Mamã já é dia, onde vamos? O que está a acontecer mamã? Porque choras tanto? não chores, não vai acontecer nada. Mamã não te deites, ainda são duas horas da tarde, não tenho sono, quero continuar a brincar com as minhas mãozinhas .

O que faz este tubinho na minha casinha? É um brinquedo novo? Porque é que ele está a engolir a minha casinha? Mamã!

Essa é a minha mãozinha...porque a arrancou? Não vê que me faz sofrer! Ajuda-me mamã, defende-me, ainda sou muito pequenino, não me consigo defender sozinho.

Estão a arrancar a minha perninha, manda-os parar mamã, eu prometo que me vou portar bem e que não te dou mais pontapés. Como é que me podem fazer isto? Ele vai ver quando eu for grande e forte...ai mamã já não consigo mais, ajuda-me mamã, ajuda-me...

Mamã já passaram 17 anos desde aquele dia e eu daqui do céu consigo ver a tua dor por teres tomado aquela decisão. Mas, por favor não chores, lembra-te que te amo muito e que vou estar aqui à tua espera com muitos abraços e beijos.

Com muito amor, do teu bebé "



O aborto é crime quer seja legal ou não é um assassinato . Tenhamos consciência de que estamos a colaborar com a despenalização de um crime ao dizer sim ao aborto. DIGAM NÃO AO ABORTO...nenhuma morte pode ser justificada pela inconsciência e irresponsabilidade dos pais...