terça-feira, 27 de setembro de 2011

Atire a Primeira Pedra.

Atire a primeira pedra


Numa guerra, não há mocinhos, nem bandidos como os filmes de Hollywood tanto disseminaram , por décadas.

Recentemente foi descortinada uma página triste da história americana, onde atrocidades cometidas por cientistas yankees, os igualaram às praticas nazistas em campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.

Documentos revelaram que entre 1946 e 1948, experimentos científicos patrocinados por uma agência de saúde subordinada ao Departamento de Saúde Norte-americano, infectou cerca de 1300 cidadãos guatamaltecos com doenças venéreas, para supostamente testar os efeitos da recém-lançada penicilina no combate às doenças sexualmente transmissíveis.

Entre outras praticas dignas de um Dr. Mengele, inocularam sífilis no globo ocular de prostitutas, estimulando-as a copular posteriormente com soldados do exército daquele país latino-americano, além de homens com deficiências físicas e mentais.

Orfãos também foram usados nos experimentos, onde o cientista responsável, um senhor chamado, Dr. John Charles Cutler, mantinha um laboratório nos moldes do usado pelo sinistro Dr. Moreau na ficção científica "A Ilha do Dr. Moreau" (Livro de H.G. Wells), que gerou três bons filmes, por sinal.

E o Dr. Cutler que antes desses documentos virem à baila, por décadas foi considerado um benfeitor da humanidade por suas descobertas no campo das DST, agora sabemos às custas de pessoas pobres de um país centro-americano, certamente tratadas como cidadãos de terceira classe.

E indo mais fundo, descobriram que antes, em 1943, já fizera vários experimentos em presidiários e adivinhem, pessoas negras e pobres de uma penitenciária da Indiana.

Mas Mengele e Cutler não estão sozinhos na disputa pela "medalha de ouro Dr. Moreau".

Cientistas coreanos nos anos 1930, obrigaram cobaias humanas a ingerirem repolhos envenenados e através de um vidro, monitoravam "científicamente', os vinte minutos em média que esses infelizes demoravam para morrer após violentas convulsões.

Um microbiologista japonês chamado Shiro Ishii, montou durante o período da Segunda Guerra Mundial , um laboratório ainda mais cruel que o do Dr. Cutler, num rincão asiático dominado pelo exército imperial nipônico.

Grigori Mairanovski, um cientista soviético, costumava fazer experimentos com cobaias humanas nos gulags, envenenando-os com gás C-2. Durava cerca de 15 minutos a agonia dessas pessoas, observada com afinco pelo nobre pesquisador. E o objetivo desse experimento era descobrir um meio do gás não deixar vestígios para legistas e assim contribuir com a eficácia do sigilo da espionagem na Guerra Fria.

E o que dizer dos experimentos da bomba atômica ? Pergunte aos pobres moradores do Atol de Bikini ou das Ilhas Marshall, com seus casos de abortos, nascimentos prematuros, câncer tireoidiano etc.

Entre 1971 e 1989, um cientista sul-africano torturou milhares de pessoas, alegando ter encontrado a "cura" para o homossexualismo masculino e feminino. Entre seus métodos, eletrochoques e castração química.

E o projeto MK-Ultra ? Muito antes dos Hippies dos anos sessenta elegerem o LSD como seu combustível sob as bençãos de Timothy Leary, a CIA fazia experimentos desde o final dos anos 1940, mas com outros propósitos menos lúdicos. O objetivo era controlar a mente de super espiões, violando as normas do código de Nuremberg (Quando se proibiu experimentos desse nível para efeitos militares ou de inteligência secreta ). E para testar tais métodos, doses cavalares de LSD eram injetadas nas cobaias e muita gente morreu de forma trágica. Recomendo assistir o excelente filme "The Manchurian Candidate", onde esse tema é tratado, com Frank Sinatra atuando como protagonista e muito bem por sinal.

Encerrando : Em nome da "ciência", não são apenas os pobres animais que já sofreram. E nenhuma nação está livre desse ônus, onde não existem mocinhos, só bandidos

Texto de Luiz Domingues.

6 comentários:

  1. Oi, Luiz
    Alguns desses fatos eu já conhecia.
    Atitudes como a dos nazistas teve (será que ainda tem?) no mundo inteiro.
    Porém, a situação está mudando um pouco. Agora estão tentando impedir experiências com animais.
    Porém, uma dúvida que tenho agora. Parece que mudaram de nome… chamam alguns tratamentos de experimentais. Pessoas se submetem a esses tratamentos sem ter a certeza de que realmente vai dar certo. Seria um ”nazismo” camuflado?

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    Respostas
    1. Acho sinceramente que deveriam investir em outras formas de pesquisa não invasivas onde se dispensasse completamente o uso de cobaias. Não dá para conviver mais com sofrimento, humilhação e morte de animais de qualquer espécie, sem contar os seres humanos.

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  2. Dentre os mais distintos animais, há aquele em que eu mais alimento repúdio, o homem.

    Mal-dita seja a escuridão exalada de sua infâmia ignorância.

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  3. Pois é, Altieris ! Esse é o mais cruel ser que habita este planeta.

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