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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Energia Eólica, Outra Alternativa.
Energia Eólica, Outra Alternativa, texto de Luiz Domingues.
A mitologia grega é uma das mais ricas, sem dúvida alguma, por trazer no seu bojo, todas as explicações da cosmogênese que a rica imaginação de seu povo pôde conceber.
E nessa disposição, o seu panteismo explicava a ação dos ventos, como a vontade de um Deus específico dessa manifestação da natureza, que era conhecido pelo nome de Éolo.
Entendida a morfologia da palavra, sabemos que a energia eólica é uma das mais importantes neste momento no planeta, por todas as razões ambientalistas que nem cabem mais serem repetidas.
E não se trata de nada moderno que tenha surgido graças aos avanços da tecnologia, como muitos podem pensar.
Basta pensar que a impulsão mediante velas, é usada desde a antiguidade, nas navegações.
E no campo da agricultura, os moinhos de vento fazem esse trabalho com eficácia e economia, desde a Idade Média, certamente.
No mundo moderno, o princípio dos moinhos continua valendo e os campos eólicos trabalham nesse sentido, gerando energia elétrica limpa, de alta ou baixa tensão.
O Brasil vem empreendendo esforços de ampliação desse tipo de geração de energia, contudo, ainda tímidamente. Em 2008, por exemplo, produziu 341 MGW.
Vem aumentando o desempenho ano a ano, mas ainda aquém de seu potencial, com a geografia privilegiada que possui.
Para se ter uma ideia, o consumo interno de energia elétrica do país, beira a casa dos 70 gigawatts.
A China é atualmente o país que mais investe nesse tipo de geração de energia, seguido da Alemanha. Dinamarca e Portugal também vem crescendo nesse setor.
Mesmo ainda insuficiente, a produção brasileira responde por mais da metade da soma de nossos vizinhos sulamericanos, que apresentam resultado insignificante nesse sentido.
Está construído o complexo de Caetité, no interior da Bahia, que será o maior da América Latina. Contudo, por questões burocráticas de editais e quetais, está parada neste instante, sem gerar energia nem para alimentar um liquidificador doméstico, em busca de uma vitamina matinal...
Já falei sobre o monstro burocrático e o quanto ele nos atrasa, mas parece que as autoridades não pensam como nós, pobres mortais...
Segundo o governo federal, a usina deverá começar a produzir em julho de 2013 e assim esperamos que se cumpra.
E acreditando nessa perspectiva, uma fábrica de componentes para usinas eólicas, funciona a todo vapor em Pernambuco. Tomara que arrebentem de tanto trabalhar e lucrar, alimentando outras tantas usinas espalhadas por todo o país.
E outra alternativa muito interessante está em curso, prometendo gerar energia limpa e barata, igualmente.
Trata-se do uso da força das ondas do mar, como impulso para gerar energia.
Ainda em caráter experimental, esse tipo de geração de energia está instalado no porto de Pecém, a 60 KM de Fortaleza, no Ceará.
Em princípio, essa mini usina alimentará de energia o porto e as residências de 60 famílias de funcionários que lá trabalham. Mas os engenheiros estão muito otimistas em relação ao sucesso desse tipo de geração de energia, abrindo possibilidade para a larga escala, num futuro não muito distante.
E convenhamos, com 8 milhões de KM quadrados, o Brasil tem um potencial inacreditável para tal perspectiva de geração de energia limpa.
O que não falta aqui é solo, vento e costa marítima com ondas abundantes.
E voltando à mitologia grega, como poderíamos nos referir à essa energia gerada pelas ondas do mar ?
Talvez "poseidônica", em referência ao Deus dos mares, Poseidon ?
Irrelevante questão...o importante é que funcione, sendo barata e limpa para o ecossistema.
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A utilização dos ventos para a produção de energia elétrica também acarreta em alguns impactos negativos: interferências eletromagnéticas, impacto visual, ruído ou danos à fauna, por exemplo. Atualmente, essas ocorrências já podem ser minimizadas e até mesmo eliminadas por meio de planejamento adequado, treinamento e capacitação de técnicos com emprego de inovações tecnológicas. Vamos apostar na idéia. bj
ResponderExcluirLourdes :
ExcluirSe formos levar a ferro e fogo, todas as alternativas, por mais "limpas" que sejam, sempre acarretarão algum impacto ambiental, por mínimo que seja.
O negócio é trabalhar com uma política de minimização do impacto.
Grato por ler e comentar !
Oi, Luiz
ResponderExcluirHá vários anos, uma amiga foi aos Estados Unidos e viu esse tipo de uso de energia. Ela tirou fotos e me mostrou, dizendo que ficou deslumbrada com a possibilidade de se gerar energia, sem prejudicar o meio ambiente.
Hoje, vários países (como você cita) estão se utilizando, inclusive o Brasil.
Será que é preciso continuar com a construção da Usina de Belo Monte???
Abraços!
Oi, Janete !
ResponderExcluirSim, a energia eólica é uma das fontes mais interessantes do momento e nos Estados Unidos e em vários países europeus,é uma realidade.
Acho que o Brasil precisa investir nela, e também naquela que citei en passant, gerada pelas ondas do mar.
Não vejo, contudo, relação prática dessa alternativa, com a construção da usina de Belo Monte. Não é tão simples assim, técnicamete falando e de fato, ainda precisaremos da energia elétrica gerada por usinas hidrelétricas, assim como do Petróleo, por um bom tempo.
Grande abraço !