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quinta-feira, 26 de abril de 2012
Ong's : Méritos e Deméritos.
Ong's : Méritos e Deméritos
Postagem de Luiz Domingues.
Em sociologia básica, a denominação "terceiro Setor" é empregada para designar iniciativas organizadas pela sociedade civil em prol da utilidade pública. O segundo setor é o dos meios de produção (privado, o mercado) e o primeiro setor diz respeito ao poder público.
Nesse sentido, a chamada "organização não-governamental", ong, teóricamente é um suporte e tanto para a sociedade, chegando onde o poder público não alcança.
Essas organizações atuam em diversos campos, tais como : Meio ambiente, assistência social, saúde, educação & cultura, combate à miséria, direitos humanos, contra arbitrariedades, defesa da fauna & flora etc.
É evidente que a maioria das centenas de ong's que existem espalhadas pelo planeta, cumprem suas metas com grande determinação, idealismo e boa vontade, mas esse tipo de expediente também abre brecha para aproveitadores e oportunistas em geral.
Aqui no Brasil por exemplo, a presidente Dilma recentemente mandou suspender todos os contratos de locação de verbas para ongs, lhes dando um prazo até o dia 29 de janeiro, último, para que comprovassem cabalmente como estavam empregando a verba cedida do erário público, mostrando realizações concretas de benefícios sociais.
Como resultado, 181 contratos foram cancelados sumáriamente. Ou seja, Essa quantidade enorme de ongs estavam recebendo verbas oficiais e simplesmente não as empregando nos seus projetos sociais.
Se a ideia é melhorar a sociedade fazendo coisas que os governos deveriam fazer e não fazem, nesse caso, somos duplamente lesados, como cidadãos.
Dos 1403 casos analisados na malha fina do governo, ainda 305 não justificaram suas contas e ações, portanto, o número de gatunos surpreendidos tende a aumentar.
E estamos falando apenas de verbas oficiais. Não nos esqueçamos que ongs podem captar recursos de empresas privadas e doações livres, incluso de pessoas físicas. Portanto, se existe má fé, a tentação é grande em explorar esse filão.
E mais uma coisa : É preciso ter cuidado para se engajar em causas promovidas por ongs, pois nem sempre há uma certeza cristalina de suas intenções. Muitas vezes, podem estar manipulando a boa vontade de pessoas de boa fé, em prol de interesses escusos.
É muito bonito ver artistas engajados numa causa ambiental contra a construção de uma usina hidrelétrica supostamente nociva; indústria poluidora; uma mudança de curso de um rio etc etc. Mas você sai cegamente marchando pelas ruas por uma causa que não conhece direito ?
Cuidado ! Muitas vezes, o suposto bom mocismo ecológico apenas mascara outros interesses, tão ruins ou piores do que aqueles que você fervorosamente foi às ruas para protestar.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Na Mira do Toureiro.
Texto de Luiz Domingues.
Na Mira do Toureiro
Tornou-se corriqueira a notícia de brasileiros chegando ao aeroporto de Barajas em Madri e serem impedidos de entrar na Espanha.
Pior que isso, geralmente são vítimas de todo o tipo de constrangimentos, maus tratos, humilhações etc.
Alegando que os brasileiros são atualmente o grupo que mais tenta entrar para viver clandestinamente naquele país, entraram na mira das autoridades da imigração daquele país.
Até aí, é compreensível que queiram se resguardar da entrada indiscriminada de imigrantes ilegais e naturalmente evitar um transtôrno social, ainda mais em tempos de vacas magras com a crise assolando a Europa.
Mas muitos abusos foram cometidos em nome dessa prerrogativa legítima.
Há casos de pessoas munidas de todas as exigências mínimas necessárias, convencionadas pela Lei espanhola e barradas de forma arbitrária.
Não faz muito tempo, um grupo de professores indo àquele país ibérico para um congresso, foi impedido de entrar.
Outro dia, uma brasileira foi impedida de fazer uma conexão, perdendo toda a planificação de sua viagem à outro país europeu. Ela nem ficaria na Espanha, só estava de passagem !
Causou comoção o caso de uma senhora idosa que ficou sete dias detida, se alimentando mal, pois estava indo visitar uma filha que está lá ilegalmente.
Baseando-se na Lei que obriga o visitante indesejado, voltar ao seu país de origem pela mesma companhia aérea pela qual chegou, não é raro o caso de pessoas serem obrigadas a ficar dias esperando pela volta, confinadas em saletas insalubres de uso da polícia no aeroporto de Barajas.
E o que eles exigem ?
Passaporte em vigor, 500 euros em dinheiro vivo, seguro de saúde, passagem de volta ao Brasil marcada e comprovante de reserva num hotel.
Não é nenhum bicho de sete cabeças e convenhamos, outros países são muito mais invasivos, como por exemplo os Estados Unidos, onde a obtenção de visto nos consulados, chega à constrangimentos que nem a receita federal exige dos contribuintes.
Agora, o que justifica a não admissão do visitante, se tem em mãos todos os documentos e o dinheiro mínimo exigido ? O critério é a "cara" do cliente, como geralmente ocorre nas famigeradas portas anti-metal dos bancos que travam mesmo quando uma pessoa não tem nem um objeto metálico no corpo ?
Em represália, o Brasil passou a adotar o mesmo critério em relação aos visitantes espanhóis. Se por um lado está respaldado pela legitimidade, por outro, arriscou-se a cometer o mesmo erro, que evidentemente só pode ser interpretado como ferramenta de coação diplomática.
Todavia, como sempre, quem sofre é o cidadão comum. Se o cidadão tem em mãos todos os documentos necessários, não há porque impedi-lo de entrar e se constatado de fato que não tem condições de fazê-lo, nada justifica o tratamento aviltante que temos visto, relatados pelas pessoas.
Na Mira do Toureiro
Tornou-se corriqueira a notícia de brasileiros chegando ao aeroporto de Barajas em Madri e serem impedidos de entrar na Espanha.
Pior que isso, geralmente são vítimas de todo o tipo de constrangimentos, maus tratos, humilhações etc.
Alegando que os brasileiros são atualmente o grupo que mais tenta entrar para viver clandestinamente naquele país, entraram na mira das autoridades da imigração daquele país.
Até aí, é compreensível que queiram se resguardar da entrada indiscriminada de imigrantes ilegais e naturalmente evitar um transtôrno social, ainda mais em tempos de vacas magras com a crise assolando a Europa.
Mas muitos abusos foram cometidos em nome dessa prerrogativa legítima.
Há casos de pessoas munidas de todas as exigências mínimas necessárias, convencionadas pela Lei espanhola e barradas de forma arbitrária.
Não faz muito tempo, um grupo de professores indo àquele país ibérico para um congresso, foi impedido de entrar.
Outro dia, uma brasileira foi impedida de fazer uma conexão, perdendo toda a planificação de sua viagem à outro país europeu. Ela nem ficaria na Espanha, só estava de passagem !
Causou comoção o caso de uma senhora idosa que ficou sete dias detida, se alimentando mal, pois estava indo visitar uma filha que está lá ilegalmente.
Baseando-se na Lei que obriga o visitante indesejado, voltar ao seu país de origem pela mesma companhia aérea pela qual chegou, não é raro o caso de pessoas serem obrigadas a ficar dias esperando pela volta, confinadas em saletas insalubres de uso da polícia no aeroporto de Barajas.
E o que eles exigem ?
Passaporte em vigor, 500 euros em dinheiro vivo, seguro de saúde, passagem de volta ao Brasil marcada e comprovante de reserva num hotel.
Não é nenhum bicho de sete cabeças e convenhamos, outros países são muito mais invasivos, como por exemplo os Estados Unidos, onde a obtenção de visto nos consulados, chega à constrangimentos que nem a receita federal exige dos contribuintes.
Agora, o que justifica a não admissão do visitante, se tem em mãos todos os documentos e o dinheiro mínimo exigido ? O critério é a "cara" do cliente, como geralmente ocorre nas famigeradas portas anti-metal dos bancos que travam mesmo quando uma pessoa não tem nem um objeto metálico no corpo ?
Em represália, o Brasil passou a adotar o mesmo critério em relação aos visitantes espanhóis. Se por um lado está respaldado pela legitimidade, por outro, arriscou-se a cometer o mesmo erro, que evidentemente só pode ser interpretado como ferramenta de coação diplomática.
Todavia, como sempre, quem sofre é o cidadão comum. Se o cidadão tem em mãos todos os documentos necessários, não há porque impedi-lo de entrar e se constatado de fato que não tem condições de fazê-lo, nada justifica o tratamento aviltante que temos visto, relatados pelas pessoas.
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