Ebola, a Bola da Vez.
Texto de Luiz Domingues.
Talvez a maioria da população brasileira não esteja prestando atenção devidamente ao problema, inebriada por outras questões, como a disputa eleitoral, escândalos de corrupção e o mundo cão do cotidiano que é explorado ad nauseam nos programas sensacionalistas da TV aberta, disfarçados de jornalismo.
Mas o fato é que a epidemia de Ebola, está gravíssima na África e o perigo de se espalhar de forma incontrolável para todo o planeta, existe, ainda que as autoridades se esforcem para não deixar transparecer tal possibilidade e dissemine-se assim o pânico total.
Segundo a literatura da medicina, a doença foi detectada nos anos setenta, no Sudão e no Congo, recebendo o nome de um Rio do Congo, chamado Ebola.
Nessa primeira abordagem, em 1976, a projeção era de que tal vírus era transmitido por morcegos e rapidamente infectando primatas, e claro, chegando aos humanos.
A transmissão da doença é extremamente agressiva, sendo feita por diversos fluídos corporais e abrindo o campo para a contaminação pelo ar.
Cientistas trabalham com afinco para criar uma vacina definitiva, mas ainda no campo das experimentações, não existe algo absolutamente definitivo que erradique a epidemia e salve a vida dos infectados.
O caso do médico norte-americano que salvou-se e está com a saúde 100 % revitalizada, é ainda um caso isolado e sujeito a estudos, não caracterizando se tratar de uma solução final para o caso.
As autoridades movimentam-se para evitar o contágio, com medidas profiláticas básicas, mas longe de algo realmente que assegure o bem estar de suas respectivas populações.
O básico do básico é fechar fronteiras e vigiar com rigor a entrada de pessoas que venham desses países onde o surto está muito intenso. E isso está sendo feito por todos os países.
Agora, o que chama a atenção, é que se medidas de prevenção são necessárias, na mais prosaica, porém válida ação de proteger a própria prole em sua casinha, por outro lado, não se nota nenhuma ação pesada por parte das nações desenvolvidas para ajudar de forma contundente, os países assolados pela doença.
A ação dos países do primeiro mundo, parece tímida, em proporção à gravidade da situação e pior ainda, apontam para medidas mais preocupadas em não deixar o vírus se espalhar, do que efetivamente auxiliar a população dos países afetados.
Fora ações de ONG’s abnegadas, como o “Médico sem Fronteiras” e a “Cruz Vermelha”, não existe um aparato portentoso da parte de países europeus, Estados Unidos e Japão, para ajudar países como a Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria, onde a situação é desesperadora.
Claro que o conflito Ucrânia-Russia preocupa; lógico que a Guerra sangrenta na faixa de Gaza está dramática e deixa o mundo em alerta vermelho máximo, na iminência do estouro de uma III Guerra Mundial, mas não consigo pensar nesse surto de uma doença terrível e letal, possa ficar à margem da preocupação das nações desenvolvidas.
A única nova vinda das nações de primeiro mundo, é a proposta de criar um isolamento na Libéria. Lembra o Gueto de Varsóvia que os Nazistas criaram, infelizmente.
Outro aspecto desse surto, que normalmente não gosto de alimentar, mas que é uma possibilidade, é o de que tal vírus possa ser obra de inúmeras contaminações feitas através de ações militares.
Fato, depois do uso e abuso de gases na I Guerra Mundial, toda possibilidade de contágio se abriu e são inevitáveis as especulações sobre mutações genéticas decorrentes das conseqüências do uso de armas químicas.
Faz cem anos que o gás de pimenta foi usado de forma cruel na I Guerra Mundial, mas depois disso, quantas outras ações desse porte ou piores, não foram deflagradas ?
Se o gás de pimenta era algo terrível, o que dizer do poder de uma bomba atômica e sua radiação a reboque ?
E as experiências com doenças sexualmente transmissíveis, feitas em cobaias humanas incautas na Guatemala ?
Esqueceram do “Agente Laranja” que os americanos cansaram de jogar na cabeça da população vietnamita ?
Enfim, sem fomentar “Teorias da Conspiração”, mas será que o Ebola, assim como a Aids e outras moléstias agressivas, não são frutos de ações químicas usadas em conflitos bélicos ?
Isso sem ir adiante e conjecturar que tais vírus possam ser criações propositais, geradas em laboratórios a serviço de forças secretas etc etc. Mas convenhamos, não se pode descartar essa hipótese, também.
Aproveitando, nada a ver com o assunto Ebola, mas tratando de outra doença, digo que obviamente que sou a favor da causa a favor de arrecadação de fundos para a pesquisa em prol de avanços para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença muito dramática e que acomete muitas pessoas. Torço para que as pessoas e as autoridades se sensibilizem e lhe prestem apoio para que se busquem tratamentos e cura definitiva, contudo, não vou postar vídeo nas redes sociais jogando um balde de gelo ou água gelada sobre o corpo para demonstrar apoio à causa, pois isso é absolutamente ridículo e denota um modismo perpetrado por marketeiros, e se tem uma coisa que abomino é armação de “formadores de opinião”, esses verdadeiros “Goelbbelzinhos” de araque.
Além do mais, que coisa mais infeliz incentivar o desperdício de água, num momento dramático onde o planeta está vendo suas reservas de água se esvaindo...parece que eu sou um ecochato por falar isso, pois o que representa um mero “baldinho” nesse contexto, não é mesmo ?
Aí eu vejo a notícia que estima-se que 16 milhões de metros cúbicos de água foram para o ralo por conta dessa asneira e aí, fico com mais bronca ainda do marketeiro que deve se achar um gênio por isso ter “virado”.
Encerrando com o Ebola, toda a atenção é pouca para uma doença devastadora como essa.