Texto de Luiz Domingues.
Ciclistas, Regras de Trânsito e Boa Educação
Tenho falado bastante sobre ambientalismo, ecologia e afins no Blog Planet Polêmica. Mas sempre procuro abordar o tema por um viés diferente da obviedade.
Claro que sou favorável à um mundo perfeitamente coadunado com condições ambientais limpas, sem abusos, sem desperdícios, sem agressões ao planeta, em todos os sentidos.
Contudo, enxergo muito oportunismo por trás de falsos ambientalistas e dessa forma, acabo colocando o dedo nessa ferida da hipocrisia de que muitos fazem uso, para exercerem seus interesses econômicos particulares.
Desta feita, não falarei sobre interesses escusos, mas sobre a absoluta falta de educação, encoberta por uma nobre iniciativa.
Estamos vivendo um colapso nas médias, grandes e gigantescas cidades em relação ao trânsito caótico, com excesso de carros, stress e emissão de agentes poluentes.
Considero o investimento em metrô, como a melhor solução possível para equacionar o problema. Todavia, nem só com uma malha metroviária eficiente, se resolve definitivamente essa equação.
Outros elementos são muito interessantes como apoio e entre eles, cito a bicicleta.
Não é preciso pensar muito para verificar que em diversos países, a bicicleta é um meio de transporte eficiente, prático, limpo ecológicamente e ainda por cima, uma grande arma contra o sedentarismo.
É perfeito certamente, o seu apoio por parte das autoridades, não discuto isso e aliás, apoio.
Minha bronca é contra a enorme quantidade de maus ciclistas, que acham que a bicicleta é isenta de obedecer as leis do trâsito.
Sob a desculpa de que as ruas são extremamente perigosas para o seu uso, ciclistas afoitos usam as calçadas como se fossem ciclovias, circulando em alta velocidade, arriscando a segurança e por que não dizer, a vida das pessoas.
E nesse teor de falta de educação, não há classe social ou faixa etária que se salve. Já vi pessoas com bicicletas caríssimas, equipamentos de segurança sofisticados e trajadas com elegância, cometendo barbaridades nas calçadas.
Outra pergunta básica : Por que não param nos semáforos quando a luz vermelha está acesa ? Olhei no Código Brasileiro de Trânsito e não achei nenhuma cláusula que os libere dessa conduta civilizada...
A ideia de atropelar pessoas não me parece coadunada com nenhum ideal ecológico, você não acha ?
O mesmo raciocínio serve para os motociclistas, skatistas, patinadores etc etc.
Eu sei que o ideal seria criar uma malha de ciclovias, mas enquanto essa importante providência não é realizada de forma contundente pelo poder público, será que daria para os ciclistas mal educados ao menos tomarem consciência de que calçadas não são pistas de velocidade e faixa de pedestre é prioridade para pessoas fazerem travessias ?
Blog com grandes especialistas escolhidos a dedo , para escrever artigos e matérias sobre os mais variados assuntos. Tudo isso feito de uma forma diferente, polêmica e inovadora. Comunidade oficial no Orkut. Debates Interessantes. http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=34302522
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Preocupação Ecológica ou Outros Interesses ?
Preocupação ecológica ou outros interesses ?
Desde janeiro de 2012, entrou em vigor em São Paulo, uma nova Lei que proibiu o uso de sacolas plásticas em supermercados. A Lei já estava vigorando em Belo Horizonte, alguns meses antes.
Numa primeira análise, parece uma medida de intenções ecológicas. Como discordar de uma ação desse nível, visto que numa conta grosseira, estima-se que só na cidade de São Paulo, 600 milhões de sacolinhas plásticas eram consumidas mensalmente ?
O grande problema do uso de tais materiais plásticos, era que as pessoas acostumaram-se ao longo dos anos, a usarem-nas com uma segunda função caseira, além do transporte das compras do mercado para casa. Ou seja, passaram a armazenar o lixo doméstico visando entregá-lo para a coleta.
Dessa forma, em dias chuvosos, esses pacotes mal acondicionados e soltos pelas ruas, passaram a entupir bueiros e bocas-de-lobo e lógicamente tornaram-se os vilões das enchentes constantes.
Isso sem contar as explicações biológicas plausíveis sobre o tempo absurdo que demoram para serem absorvidas pela natureza. Argumento inquestionável.
Assim, como não se engajar nessa nova determinação, não é mesmo ?
Mas, antes que aceitemos passivamente a suposta preocupação ecológica de nossos mandatários, faz-se necessária uma reflexão.
As sacolas demoram a se biodegradar, enchem bueiros etc. Ora, e se as pessoas parassem de jogar lixo nas ruas, isso não ajudaria ? E se a prefeitura fosse 100 % eficaz na limpeza dos bueiros e na coleta de lixo, não ajudaria ? E se o lixo ao invés de jogado em aterros fétidos, fosse incinerado e usassem sua combustão para obter gás, não seria uma medida ecológica (e bem vinda como economia) ?
Ao invés de proibir as sacolas, pura e simplesmente, não seria muito mais produtivo num médio e longo prazo, investir pesado em educação ambiental nas escolas, formando os cidadãos do futuro ?
Aí eu me lembro que outros tipos de sacolas, retornáveis ou não, são sugeridas pelas autoridades. Ora, alguém fabrica esse tipo de material "recomendado", não é verdade ?
Isso me faz lembrar da Lei de obrigatoriedade do Kit de primeiros socorros, anos atrás, lembra-se ? Certos fabricantes desse tipo de estojinho, enriqueceram da noite para o dia. Coincidência, quero crer.
A Lei que baniu os Out-Doors de São Paulo foi muito elogiada, anos atrás, também, lembra-se ? Quem não gostou de ver São Paulo muito menos poluida ? Super bacana...mas o que será que aconteceu com as empresas que viviam desse tipo de mídia comercial ?
Então, amigos, o questionamento é esse : O poder público parece preferir medidas bombásticas e antipáticamente invasivas, mas na prática, pouco se esforça para solucionar os grandes desafios dos desgastes urbanos.
Que todo mundo tem que colaborar na coleta e na separação do material reciclável, não tenho nenhuma dúvida. Particularmente, faço-o com prazer. Mas e o poder público, o que faz, exatamente ?
Texto de Luiz Domingues.
Desde janeiro de 2012, entrou em vigor em São Paulo, uma nova Lei que proibiu o uso de sacolas plásticas em supermercados. A Lei já estava vigorando em Belo Horizonte, alguns meses antes.
Numa primeira análise, parece uma medida de intenções ecológicas. Como discordar de uma ação desse nível, visto que numa conta grosseira, estima-se que só na cidade de São Paulo, 600 milhões de sacolinhas plásticas eram consumidas mensalmente ?
O grande problema do uso de tais materiais plásticos, era que as pessoas acostumaram-se ao longo dos anos, a usarem-nas com uma segunda função caseira, além do transporte das compras do mercado para casa. Ou seja, passaram a armazenar o lixo doméstico visando entregá-lo para a coleta.
Dessa forma, em dias chuvosos, esses pacotes mal acondicionados e soltos pelas ruas, passaram a entupir bueiros e bocas-de-lobo e lógicamente tornaram-se os vilões das enchentes constantes.
Isso sem contar as explicações biológicas plausíveis sobre o tempo absurdo que demoram para serem absorvidas pela natureza. Argumento inquestionável.
Assim, como não se engajar nessa nova determinação, não é mesmo ?
Mas, antes que aceitemos passivamente a suposta preocupação ecológica de nossos mandatários, faz-se necessária uma reflexão.
As sacolas demoram a se biodegradar, enchem bueiros etc. Ora, e se as pessoas parassem de jogar lixo nas ruas, isso não ajudaria ? E se a prefeitura fosse 100 % eficaz na limpeza dos bueiros e na coleta de lixo, não ajudaria ? E se o lixo ao invés de jogado em aterros fétidos, fosse incinerado e usassem sua combustão para obter gás, não seria uma medida ecológica (e bem vinda como economia) ?
Ao invés de proibir as sacolas, pura e simplesmente, não seria muito mais produtivo num médio e longo prazo, investir pesado em educação ambiental nas escolas, formando os cidadãos do futuro ?
Aí eu me lembro que outros tipos de sacolas, retornáveis ou não, são sugeridas pelas autoridades. Ora, alguém fabrica esse tipo de material "recomendado", não é verdade ?
Isso me faz lembrar da Lei de obrigatoriedade do Kit de primeiros socorros, anos atrás, lembra-se ? Certos fabricantes desse tipo de estojinho, enriqueceram da noite para o dia. Coincidência, quero crer.
A Lei que baniu os Out-Doors de São Paulo foi muito elogiada, anos atrás, também, lembra-se ? Quem não gostou de ver São Paulo muito menos poluida ? Super bacana...mas o que será que aconteceu com as empresas que viviam desse tipo de mídia comercial ?
Então, amigos, o questionamento é esse : O poder público parece preferir medidas bombásticas e antipáticamente invasivas, mas na prática, pouco se esforça para solucionar os grandes desafios dos desgastes urbanos.
Que todo mundo tem que colaborar na coleta e na separação do material reciclável, não tenho nenhuma dúvida. Particularmente, faço-o com prazer. Mas e o poder público, o que faz, exatamente ?
Texto de Luiz Domingues.
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