A ocupação dos insatisfeitos.
Que as redes sociais da internet ganharam um papel mobilizador sem precedentes na história, não resta nenhuma dúvida.
Tal como uma epidemia incontrolável, insuflaram-se diversas nações árabes recentemente, promovendo a derrocada de alguns tiranos, trazendo ventos de liberdade inimagináveis para povos oprimidos por regimes ditatoriais fechados e invariavelmente amparados por fundamentalismo religioso.
Mas não parou por aí essa avalanche de manifestações. Questão mais recente é o fenômeno do "Occupy Wall Street".
Insatisfeitos pela demora em ver soluções para o fim da crise econômica, milhares de pessoas marcharam sobre o famoso quadrilátero novaiorquino, templo da especulação e onde a palavra "Greed" (Ganância) é pronunciada como uma verdade absoluta (Não é à toa que o personagem Gordon Gekko, interpretado por Michael Douglas usava esse bordão como um verdadeiro mantra : "Greed is Good", ganância é boa... no filme "Wall Street" de Oliver Stone).
E como epidemia, espalhou-se por diversas capitais mundiais, numa demostração clara de que na mesma medida em que o comunismo foi descartado pelo apêlo popular, agora é o capitalismo que esgota-se nos seus anseios, igualmente.
Recentemente li uma entrevista de um sociólogo no jornal Folha de São Paulo, alertando para uma bolha que está inflando-se rápidamente na China. É a bolha do consumismo desenfreado e motivado pela ascensão econômica daquele milenar país asiático. A preocupação é que estoure, pois segundo palavras dele, não há equilíbrio financeiro que segure as expectativas de mais de um bilhão de pessoas que querem viver como americanos e europeus, mas tem recursos naturais, muito menores, gerando um colapso que nem o dinheiro consertaria.
Como diria Leo Huberman em seu clássico : "História da riqueza do homem", a culpa é da cupidez de lucros...
Ironias à parte, é preciso ficarmos atentos aos próximos acontecimentos, pois da mesma forma que várias nações árabes se insuflaram e derrubaram ditadores até pouco tempo atrás considerados invencíveis, o movimento "Occupy Wall Street" parece ser bem mais sério, ao contrário do que certos orgãos de imprensa tentam nos fazer crer, acusando-lhe de ser meramente uma manifestação isolada de baderneiros.
A insatisfação com o sistema está no limite do tolerável e a ideia de que a "ganância é boa", parece estar ficando fora do esquadro do século XXI, tal como tantas outras ideias que ficaram para trás, registradas nos livros de história.
Texto de Luiz Domingues.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Espaço Limitado.
O Brasil poderia ter um programa espacial mais avançado, mas por incrível que pareça não o tem, por outra razão bem diferente do que nossas deduções óbvias nos levassem a crer.
Não é pelo fator financeiro, nem pela capacitação, instalações ou entraves burocráticos (pasmem !!).
A verdadeira barreira é a questão política...
Em recentes documentos revelados, ficou claro que uma forte pressão dos norte-americanos, com direito a um embargo tecnológico, tem evitado o crescimento do Brasil nesse setor desde o início dos anos noventa, preservando assim os interesses yankees.
Numa reportagem do Jornal Folha de São Paulo, vários desses documentos foram mostrados e ficou bem clara essa pressão de nossos amigos do continente norte-americano.
Numa farta profusão de telegramas (a Folha revelou 101, no seu site), mostra-se que esse embargo ocorreu desde 1987, tendo durado seguramente até 2009.
Sob a alegação de coibir a venda de materiais que pudessem ser usados na fabricação de mísseis, os Estados Unidos usaram de todo tipo de pressão para coibir o desenvolvimento brasileiro, assim como de vários outros países.
Não foi à toa, portanto, que o envio do primeiro astronauta brasileiro ao espaço tenha ocorrido só recentemente e como consequência, ter obtido resultados pífios na praticidade da ciência, chegando a ser motivo de chacota em alguns setores, que ironizaram o fato do astronauta ter feito experiências de 5ª série, com feijõezinhos no espaço...
Texto de Luiz Domingues.
Não é pelo fator financeiro, nem pela capacitação, instalações ou entraves burocráticos (pasmem !!).
A verdadeira barreira é a questão política...
Em recentes documentos revelados, ficou claro que uma forte pressão dos norte-americanos, com direito a um embargo tecnológico, tem evitado o crescimento do Brasil nesse setor desde o início dos anos noventa, preservando assim os interesses yankees.
Numa reportagem do Jornal Folha de São Paulo, vários desses documentos foram mostrados e ficou bem clara essa pressão de nossos amigos do continente norte-americano.
Numa farta profusão de telegramas (a Folha revelou 101, no seu site), mostra-se que esse embargo ocorreu desde 1987, tendo durado seguramente até 2009.
Sob a alegação de coibir a venda de materiais que pudessem ser usados na fabricação de mísseis, os Estados Unidos usaram de todo tipo de pressão para coibir o desenvolvimento brasileiro, assim como de vários outros países.
Não foi à toa, portanto, que o envio do primeiro astronauta brasileiro ao espaço tenha ocorrido só recentemente e como consequência, ter obtido resultados pífios na praticidade da ciência, chegando a ser motivo de chacota em alguns setores, que ironizaram o fato do astronauta ter feito experiências de 5ª série, com feijõezinhos no espaço...
Texto de Luiz Domingues.
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